“Nós, no Sporting, continuamos a dizer que o clube é dos sócios. Não é nada dos sócios”, observa José Eduardo
José Eduardo, antigo jogador dos leões, aconselha o emblema de Alvalade a repensar aquilo que quer ao nível da gestão e dá como exemplo o Estrela da Amadora que, em poucos anos, passou das divisões inferiores para o topo da pirâmide no futebol nacional com a entrada de capital externo nas contas do emblema tricolor.
“O Estrela da Amadora era um clube que estava perdido, ninguém pensava que ia renascer e com o esforço de muita gente cá está. Temos lá gente com capital a entrar no clube e a fortalecê-lo”, disse José Eduardo, lembrando casos como o Casa Pia, SC Braga e o Vitória de Guimarães que “já estão a ir nesse caminho”.
Porém, em declarações na Renascença, José Eduardo disse que, pelo contrário, não vê o Sporting assumir esse caminho e diz que é tempo de se pensar numa solução.
“Nós, no Sporting, continuamos a dizer que o clube é dos sócios. Não é nada dos sócios”, observou o antigo jogador e dirigente dos leões, que espera que na nova época o clube de Alvalade tenha outras referências no plantel para atacar os objetivos do clube, desde logo, um goleador.
“Os grande homens são pessoas de convicções e acreditam nelas muitas vezes cegamente. Mas, os grandes homens são aqueles que aprendem com os próprios erros e, neste caso, o Rúben Amorim já percebeu e daí a vontade do clube em se apetrechar com um goleador”, enfatizou José Eduardo.
“Desigualdades competitivamente desequilibram e os resultados aparecem”
Para o antigo jogador do Sporting há situações que devem merecer uma análise profunda em Alvalade, nomeadamente a forma como o dinheiro consegue impactar uma equipa na abordagem ao mercado de transferências.
“Essas desigualdades competitivamente desequilibram e os resultados aparecem. Isto é um jogo e um campeonato é uma sucessão de jogos e a regularidade é importante e a qualidade nasce da competitividade dos plantéis e dos jogadores que o compõem”, defendeu o antigo jogador verde e branco.
Assim, o antigo atleta lembra que o facto de o Sporting não estar presente na próxima edição da Liga dos Campeões da UEFA irá retirar margem de manobra para a Direção liderada por Frederico Varandas.
É que na ideia de José Eduardo fica claro que o dinheiro da Champions ajuda a alavancar um plantel. “Além do prestígio da Liga dos Campeões, acarreta também muito dinheiro, muito capital, que depois possibilita clubes, como o Benfica, contrate jogadores com grandes capacidades”, concluiu o ex-futebolista.