A Liga dos Campeões tem sido uma verdadeira liga de pesadelos para os benfiquistas nesta temporada. Três derrotas em três jogos e nenhum golo marcado deixam o campeão nacional, e que saiu do pote 1, agarrado à calculadora para tentar o apuramento para os oitavos de final, que se avizinha como uma meta cada vez mais complicada de alcançar.
Dos três jogos da primeira volta da fase de grupos, o Benfica jogou dois em casa com as equipas teoricamente mais acessíveis na teoria, visto que o Inter de Milão é o vice-campeão europeu. Em todo o caso, no futebol a teoria e a prática nem sempre correspondem e é nessa lógica que o Benfica se vai agarrar, tentando reverter a situação que é, na ótica encarnada, preocupante até para a manutenção nas provas europeias.
O Benfica partiu para esta temporada com duas alterações: saída de Grimaldo e Gonçalo Ramos. Mas depois outras movimentações decorreram com a saída de Odysseas Vlachodimos e de Florentino Luís não ao sair do clube mas ao ser frequentemente relegado para o banco, abrindo espaço para Chiquinho, Orkun Kökçü, João Neves e Fredrik Aursnes, que tem sido o 'bombeiro' de serviço que joga em diferentes posições.
"Resta ao treinador mudar o chip"
Para Maniche, antigo médio internacional português, que representou o Benfica, o FC Porto e o Chelsea, entre outros clubes, Roger Schmidt tem uma equipa "sem ideias" em campo.
"O Benfica está sem ideias e resta ao treinador mudar o chip e tentar catapultar", afirmou Maniche, declarando que Roger Schmidt e o plantel do Benfica não podem apontar para uma ausência de motivação.
"Não tem que ver com motivação porque tem estádio cheio, excelente relvado, Champions League e os jogadores estão motivados e aqui não há desculpa", defendeu o antigo centrocampista, em declarações na CNN Portugal.
Para Maniche, o caminho que resta ao Benfica agora é trabalhar. "A única desculpa é trabalhar, olhar para a frente", indicou o ex-campeão europeu da Champions League, destacando que a declaração de Roger Schmidt que defendeu que os jogos "mais importantes são contra o FC Porto" acabou por ser sentida no grupo de trabalho.
"Mesmo ele não valorizou muito o jogo ao dizer que o mais importante era o FC Porto. Não o pode dizer. Não é de todo de bom tom", concluiu Maniche sobre a declaração que Roger Schmidt já justificou, dizendo que se tratou de uma "piada".
"Para mim todos os jogos são sempre os mais importantes. Quando disse que os jogos mais importantes para o Benfica eram com o FC Porto era uma piada, porque sei que para os adeptos é o jogo mais importante. Mas honestamente temos a nossa ambição em todas as competições", argumentou Roger Schmidt, em conferência de imprensa.