O denominado caso dos 'Vouchers' foi arquivado pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), depois de Bruno de Carvalho, há oito anos, então presidente do Sporting, ter feito a denúncia contra o Benfica. Esta decisão mereceu uma crítica já por parte de Francisco J. Marques, diretor de Comunicação e Informação dos dragões, que apontou ao "benfiquistão".
"O Benfica é nosso rival em campo, mas outra coisa é o benfiquistão, que é esta entidade difícil de identificar, onde é tudo a favor deles", referiu o diretor portista, em declarações no Porto Canal, apelando aos adeptos dos azuis e brancos para estarem atentos.
"A nossa atenção tem de estar nestas coisas onde o Benfica tem sempre vantagem", indicou Francisco J. Marques, falando também dos acontecimentos ocorridos na Assembleia Geral Extraordinária do FC Porto, onde alguns associados se envolveram em confrontos físicos e verbais.
"Não nos podemos distrair com a criação de inimigos internos que não existem"
"Estas coisas também têm um lado muito negativo, que é distrair-nos do nosso caminho", disse Francisco J. Marques, realçando que "os adversários do FC Porto estão fora do FC Porto".
"Nós sabemos isso muito bem, sofremos na pele com isso. Não nos podemos distrair com a criação de inimigos internos que não existem", advogou Francisco J. Marques, certo de que no clube liderado por Pinto da Costa "podem existir diferenças de opinião".
"Agora os adversários estão fora", vincou Francisco J. Marques, dizendo que, aquilo que aconteceu na Assembleia Geral Extraordinária, é uma derrota para o clube portista.
"Sócios coagidos e agredidos, não pode acontecer nunca"
"Preferimos perder 5-0 do que ver o que aconteceu. Sócios coagidos e agredidos, não pode acontecer nunca", lamentou Francisco J. Marques.
"É quase a benfiquização do FC Porto, nós gozávamos com essas coisas que aconteciam no Benfica", destacou ainda o diretor de Comunicação e Informação dos azuis e brancos, sublinhando que o FC Porto "é um espaço de liberdade".
Na sequência dos desacatos no emblema azul e branco, o Ministério Público já revelou que vai abrir um inquérito ao que se passou e que tem sido amplamente destacado quer na imprensa, quer nas redes sociais, e que já mereceram condenação por parte de várias personalidades ligadas ao FC Porto.
Sobre os acontecimentos, recorde-se, o FC Porto reagiu em comunicado aos atos de violência e, o clube liderado por Pinto da Costa, já tranquilizou os sócios, assegurando que, na próxima semana, o que se verificou na passada segunda-feira, não terá lugar.
"Os desacatos entre associados, incluindo agressões físicas, que se geraram durante a intervenção de um membro da comissão de revisão dos estatutos e depois da participação de um associado são condenáveis e mancham uma história centenária de cultura democrática", pode ler-se no comunicado do FC Porto.