Um conjunto de núcleos do Sporting, que se organizaram no movimento Acorda Sporting, alertou a direção do clube para a situação difícil em que se encontram e pedindo esclarecimentos sobre a atualidade leonina.
Em declarações à Bola Branca, da Renascença, Leandro Campos justificou a carta enviada à direção com o sentimento de estarem esquecidos por Frederico Varandas, o presidente do Sporting.
"Às vezes, parece" que a direção se esquece dos núcleos, comentou o presidente do núcleo de Póvoa de Varzim e Vila do Conde.
Os núcleos são "independentes", mas para poderem acompanhar o dia a dia do Sporting precisam de um mínimo de reconhecimento por parte da direção.
"Numa fase destas, uma ajuda, uma palavra, pode tornar tudo mais positivo", salientou o dirigente.
Positivas foram as contas do Sporting (lucro de 12,5 milhões de euros na época de 2019/20), justamente o oposto do que acontece com os núcleos.
"Há arrendamentos que têm de se pagar mensalmente, a questão televisiva e todos os custos inerentes à atividade", exemplificou Leandro Campos.
Na carta, os núcleos garantem que não querem "dinheiro do Sporting", mas uma ajuda oficial que ajude à "sustentabilidade" das contas, como no 'merchandising' ou no "aproveitamento de alguns 'sponsors'".
A missiva serviu também para os núcleos pedirem esclarecimentos sobre a realidade do Sporting, pois o relatório e contas enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários revela apenas uma parte do que se passa no clube.
"Saber qual é a estratégia, os objetivos, as ambições e também não podemos descurar a parte financeira, porque andámos muito tempo sem ter a noção real do que se estava a passar na instituição", finalizou o presidente do núcleo de Póvoa de Varzim e Vila do Conde.