O FC Porto foi punido com um jogo de interdição do Estádio do Dragão. Em causa estão incidentes ocorridos no Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas, em Moreira de Cónegos, na primeira jornada o campeonato. Os dragões já avisaram que vão recorrer do castigo e Francisco J. Marques, diretor de Comunicação e Informação da SAD portista, em declarações no Porto Canal, criticou o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol e lembrou aquilo que o mesmo organismo fez ao Sporting aquando da final da Taça da Liga, em Leiria, que os portistas venceram e onde ocorreram incidentes na bancada também com adeptos.
"Houve uma situação grave, que causou feridos e 10 pessoas foram assistidas pelos bombeiros", recordou o diretor portista, salientando que quando foram adeptos do leão tratou-se de um "caso de pirotecnia, com uma criança de 9 anos que ficou ferida, com uma queimadura na cara."
Só que aí, criticou Francisco J. Marques, "perante uma situação claramente mais grave do que a de Moreira de Cónegos, também de lamentar, o Conselho de Disciplina entendeu não responsabilizar a SAD do Sporting".
Deste modo, o diretor de Comunicação e Informação portista deixa pois a dúvida no ar. "Por que é que passado uns meses, numa situação menos grave, entende responsabilizar a SAD do FC Porto?"
O responsável pela Comunicação do FC Porto advogou ainda que "o jogo em Leiria não era organizado pela SAD do Sporting", assim como "o de Moreira de Cónegos não era organizado pelo FC Porto."
"Parece é que há pesos diferentes para quando acontece com o FC Porto e quando acontece com outros clubes"
Ou seja, para Francisco J. Marques, "o acórdão da absolvição do Sporting elenca factos provados e outros que não foram provados. No caso do FC Porto, foram todos provados."
"Isto é brincadeira, isto é brincadeira", lamentou o diretor dos azuis e brancos, ironizando depois em relação à forma como o incidente foi ultrapassado no estádio.
"No petardo no Estádio do Moreirense foi preciso vir um Canadair [avião de combate a incêndios] para apagar o petardo porque não foi apagado com facilidade", disse Francisco J. Marques, insistindo que não percebe como é que o Conselho de Disciplina atua no caso do Sporting e o FC Porto.
"Esta diferença fere o futebol português", atirou Francisco J. Marques, deixando ainda mais reparos para o organismo federativo. "Parece é que há pesos diferentes para quando acontece com o FC Porto e quando acontece com outros clubes", disse ainda o diretor de Comunicação e Informação do FC Porto.