O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol aplicou 204 euros de multa ao Estoril na sequência de alegados insultos proferidos por adeptos dos canarinhos contra o iraniano Taremi, na última jornada do campeonato. Tendo por base os relatórios do jogo, o organismo disciplinar federativo decidiu penalizar o Estoril por conta, entre outras situações, de mensagens contra o camisola 9 portista que era mandado para a "natação".

Paulo Andrade, antigo dirigente do Sporting, diz que não entende como é que mandar Taremi para a natação pode valer multas a um clube de futebol. "Não vejo onde é que é um insulto dizer ao Taremi para se dedicar à natação", afirmou o antigo dirigente do Sporting.

A este propósito, Paulo Andrade aconselha, todavia, os adeptos a alterarem o discurso e, em vez de mandarem Taremi para a "natação", segundo o antigo dirigente verde e branco deveriam mandá-lo para o "mergulho".

"Para já, deveria dizer para se dedicar ao mergulho, não é à natação, que é uma coisa completamente diferente. Agora, não vejo onde é que isso é insulto. Por amor de Deus. Por amor de Deus", lamentou Paulo Andrade.

Em relação aos casos de "simulação", que foram abordados na CMTV no seguimento deste assunto, Paulo Andrade diz que o Conselho de Disciplina deverá tomar medidas.

"Tem que se fazer alguma coisa contra este mundo da simulação que está a inundar o futebol português. Há uma quantidade deles. De uma vez por todas, o Conselho de Disciplina que faça qualquer coisa para que isto acabe", apelou o antigo dirigente verde e branco, que aproveitou para lembrar um segundo amarelo a Taremi num jogo da Champions League, já que o árbitro entendeu que houve simulação do iraniano dentro da área.

"O que aconteceu com o Taremi lá fora, o segundo amarelo [em Madrid para a Liga dos Campeões] é uma vergonha para todos nós", atirou Paulo Andrade, referindo que Taremi é "artista" e até há "filmes" mas não é caso único, a seu ver.

"Há simulações. O Taremi foi várias vezes artista e há filmes sobre as simulações do Taremi, mas não é o único", disse o antigo dirigente dos leões.

"Infelizmente, não existem medidas do Conselho de Disciplina que pudessem, a seguir aos jogos, visionar as situações e castigá-los. Isto tem de acabar e o futebol português não pode continuar com isto, na minha opinião", concluiu o antigo dirigente do clube de Alvalade Paulo Andrade.