Seba Coates deixou o Sporting após vários anos como líder da defesa verde e branca. A estrutura leonina tem agora de encontrar um substituto quer para a defesa, quer para o balneário. Jorge Amaral, antigo jogador do FC Porto, comentou com alguma ironia o contexto sportinguista. O ex-guardião azul e branco espera que em Alvalade "não vão buscar o VMOC".
“A perda de Coates é muito importante”, admitiu o ex-futebolista dos azuis e brancos, lembrando que “oito anos num clube não são oito meses ou oito semanas". E Coates era um atleta que gerava consenso.
"Era um jogador que a gente gostava de ver. Era uma pessoa equilibrada”, avaliou Jorge Amaral, em declarações na CMTV, onde deu conta de que o internacional uruguaio “era uma peça importante no vértice com leitura de jogo”.
"Não vão buscar o VMOC para o Sporting"
Com a saída de Coates, o antigo jogador dos portistas admite que Rúben Amorim tenha pedido um reforço, depois de já ter chegado Zeno Debast. “Se mantiver a estratégia como tem tido ultimamente das contratações até terem resultado, até pode ir buscar alguém que possa safar”, prevê Jorge Amaral, esperando que o 'reforço' não dê pelo nome de "VMOC".
“Não vão buscar o VMOC porque esse já foi vendido. Esse já foi vendido. Não o vão buscar outra vez”, pediu o antigo jogador do FC Porto, em alusão a um negócio financeiro que a SAD sportinguista fez com a banca.
Há poucos anos, a SAD liderada por Frederico Varandas conseguiu negociar com a banca a compra dos chamados Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis (VMOC).
Negócio do Sporting com a banca continua a dar que falar
Estes eram detidos por instituições financeira. Através da compra dos VMOC, o clube de Alvalade passou a ser detentor de 87,994 por cento da SAD sportinguista.
O Sporting negociou há pouco tempo com o Novo Banco essa operação, depois de já ter seguido idêntica lógica negocial com outro banco, na altura o BCP.
Os rivais do Sporting defendem que o clube de Alvalade teve perdão dos bancos, mas esta narrativa é contrariada por figuras ligadas ao universo verde e branco. Entre leões é defendida a ideia de que "não houve aqui nenhuma ajuda de terceiros, nenhum subsídio oficial".
"Favorecimento existe quando estamos a falar de entidades públicas, o Sporting negociou com entidades privadas. Isto não é pagar 500 euros pelo centro de estágios do Olival. Isso, sim, é que é um caso chocante de ajudas públicas", salientou o ex-dirigente leonino Carlos Barbosa da Cruz, há poucos meses.