Portugal
"Não sou um rato do esgoto e não estou acomodado ao lugar", diz Folha
2020-01-11 19:40:00
Técnico do Portimonense reage a focos de insatisfação após empate

António Folha, treinador do Portimonense, não escondeu alguma insatisfação pelo resultado do encontro com o Paços de Ferreira (0-0), mas destacou o ponto alcançado.

“Claro que não é o resultado que queríamos, mas, face às oportunidades que tivemos e que não conseguimos concretizar, é mais um ponto. Não era dia de as bolas entrarem”, disse.

Na conferência de impresa, Folha deu o peito às balas, disse que não se sente “um rato do esgoto” e que não se esconde se houver insatisfação relativamente ao seu trabalho. Mas garantiu que tem o apoio da direção.

“O António Folha não está acomodado ao lugar, não é um rato do esgoto que se esconde e quando as pessoas da direção quiserem que o Folha saia, estão à vontade. As pessoas estão tristes, porque o Portimonense não ganhou o jogo, mas não estou preocupado. A direção confia no meu trabalho e não me deixa sair”, realçou.

“Eu tenho caráter, dignidade, e sabem que me podem mandar embora quando quiseram. Não há problema nenhum. O descontentamento dos adeptos não é de agora vem desde o primeiro dia”, lamentou ainda.

Não obstante, sente força para continuar a trabalhar: “Estamos conscientes de que temos de trabalhar muito e isso faz-me ter força para continuar.”

António Folha prevê uma “luta dura até ao fim”, pelo que a equipa tem de mostrar “força e determinação para dar a volta”.

“Até agora, as coisas não têm estado a sair como pretendíamos, até na finalização temos tido dificuldades. Não perdemos este jogo, mas temos de tirar do resultado e do jogo os aspetos positivos”, afirmou.

Numa análise ao encontro, notou insegurança da sua equipa. “A equipa na primeira parte jogou com algum receio de errar, com alguma insegurança, os jogadores estavam acanhados devido ao facto de estarem a jogar em casa com o público a manifestar algum desagrado”, lamentou.

Com a entrada do Bruno Costa, Folha tentou “encontrar alguma superioridade no meio-campo”, o que, segundo o ténico, foi conseguido. “Chegámos mais vezes a zonas em que podíamos ter finalizado melhor”, realça.