Portugal
“Não sou aquele dirigente que dá cambalhotas todos os dias”, diz Carlos Pereira
2020-05-28 17:00:00
Presidente do Marítimo refere que a confiança “não se compra, conquista-se”.

O presidente do Marítimo, Carlos Pereira, concedeu uma entrevista à Sport TV e falou sobre os últimos acontecimentos relacionados com Pedro Proença, que tem sido muito criticado por parte de alguns clubes.

Para o dirigente, quem não teve condições para gerir o organismo não terá as mesmas para o futuro e refere que a confiança “não se compra, conquista-se”.

“Não sou aquele dirigente que dá cambalhotas todos os dias. Continuo a dizer que o modelo de governação, se alterar, vai mudar muita coisa. Quem não teve condições para gerir a Liga, dificilmente terá condições para gerir no futuro”, afirmou Carlos Pereira.

Indicando que o modelo de governação da Liga necessita de mudanças, o presidente do clube insular ressalva que tanto o Marítimo como os restantes clubes profissionais querem “uma Liga forte” e que dê uma boa imagem a nível desportivo e comercial.

Em relação aos jogos à porta fechada para o que resta do campeonato, Carlos Pereira pensa que seria possível ter 30% da ocupação nos recintos, acrescentando que esse valor tem que ser adaptado ao número de espetadores que cada estádio pode comportar.

Salientando que o futebol “é a atividade mais segura em termos de saúde pública”, já que os futebolistas têm sido alvo de vários testes de diagnóstico à covid-19, Carlos Pereira deixa uma analogia sobre encontros sem adeptos nas bancadas.

“Espetáculo sem público é como uma comida sem sal. Não é uma questão de vaidade, mais sim de lógica”, comentou.

O pedido de impugnação do Marítimo em relação à II Liga também mereceu comentários por parte de Carlos Pereira, já que, no ponto de vista jurídico do emblema da Madeira, a Liga não tem poderes para tomar essa decisão.

Decisão essa que pode ter levado à demissão de vários clubes da direção liderada por Pedro Proença.

“As pessoas podem fazer as conjunturas que quiserem. O Marítimo contestou a decisão da Liga, que não tem poderes para tal. Parece-me que há notório que alguns clubes se demitiram pelas tomadas de posição da Liga”, concluiu.