O Benfica defendeu a oferta dos 'vouchers' e criticou a TVI pela notícia dos alegados indícios de corrupção horas após a apresentação das contas "catastróficas" do FC Porto.

Em declarações à CMTV, o diretor de comunicação das águias, Luís Bernardo, salientou que a oferta dos kits de "cortesia" foi sempre feita "às claras e de forma transparente".

"Daqui se depreende que, quando existe intenção malévola de corromper, não se faz as claras. Como se corrompe alguém depois de um jogo que se perdeu? Ou quem se sabe que o delegado vai relatar factos que penalizam o clube? Não tem lógica", sustentou.

O caso dos 'vouchers' está ainda em fase de inquérito, mas, "se o processo avançar, teremos oportunidade de esclarecer questões", continuou o dirigente encarnado.

"Nenhum delegado, arbitro, observador, manifestou sentimento de rejeitar ofertas ou sentir-se incomodado. Isso tranquiliza-nos muito", acrescentou Luís Bernardo.

O diretor de comunicação do Benfica relacionou depois a notícia da TVI com a apresentação das contas do FC Porto, que teve um prejuízo de quase 52 milhões de euros, e a acusação a Francisco J. Marques, no caso dos emails.

"Não sabemos o que o Ministério Público vai concluir, ainda ontem os argumentos mais usados era que havia uma campanha de controlo do Benfica, com o email dos padres, ligado aos árbitros, o Ministério Público disse que era mentira, os e-mails estavam truncados pelo diretor de comunicação do FC Porto. Pode acontecer que alguém que tenha abusado, houve um caso, essa pessoa foi trabalhar posteriormente para o Sporting", afirmou.

Foi então que Luís Bernardo criticou o 'timing' da notícia.

"Não sejamos ingénuos, surge na sequência da decisão do Ministério Público, que veio demonstrar dolo intencional do diretor de comunicação do FC Porto e do responsável pelo Porto Canal, por emails truncados, falseados e fabricou-se a lógica do plano do Benfica para controlar a arbitragem. Isso caiu por terra há 24 horas. Também há 24 horas, um clube nosso rival teve a apresentação de contas catastróficas, com riscos no fair-play financeiro da UEFA", finalizou.

Para além de Francisco J. Marques, foram também acusados, no caso dos emails, o diretor do Porto Canal, Júlio Magalhães, e um comentador da mesma estação, Diogo Faria.