Portugal
"Não sei o que é que o VAR está lá a fazer", diz Ricardo Soares
2021-02-28 23:10:00
Treinador do Gil Vicente considera "importante lembrar que o videoárbitro era o Luís Godinho"

Ricardo Soares, treinador do Gil Vicente, não escondeu a revolta com a prestação de Luís Godinho como videoárbitro da partida com o Tondela (1-0), para a 21.ª jornada. Na base da contestação está, sobretudo, o cartão vermelho direto a Rúben Fernandes, logo nos instantes iniciais do encontro.

“No primeiro lance parece-me, claramente, que não há ali volumetria nenhuma no meu jogador. Aceito o penálti se ele o fizesse, não concordando, mas aceito, mas nunca a expulsão, isso então é ridículo. Se o penálti já é mau, a expulsão é ridícula”, afirmou o técnico, após o encontro.

“A acabar é um penálti claríssimo, não sei qual é que é a dúvida. Não sei o que é que o VAR está a fazer lá na cidade do futebol. Até aceito que o [árbitro] Rui Costa possa ter algumas dúvidas e deixou seguir, mas devia marcar penálti. Na dúvida tem de marcar, porque favorece o ataque, e não o fez”, reforçou.

Realçando ser “educado por natureza”, Ricardo Soares explicou a necessidade de “fazer barulho” perante as decisões de Luís Godinho.

“No futebol português parece que dá jeito fazer barulho e, sinceramente, não queria muito fazer barulho, sou educado por natureza. Só queria lembrar que o videoárbitro era o Luís Godinho. É importante as pessoas saberem quem era o videoárbitro”, realçou.

Depois de um jogo em que o Gil Vicente “devia ter saído com pelo menos um ponto”, o treinador chegou ao balneário e viu o grupo “revoltado”.

“É um orgulho muito grande fazer parte de um grupo de jogadores que luta até à exaustão pelo melhor resultado possível e, por outro lado, também chegar ao balneário e ver um conjunto de jogadores revoltados pelo resultado que o jogo deu”, elogiou

“Os meus jogadores tiveram um equilíbrio emocional muito grande e cumpriram à risca aquilo que foi pedido, principalmente na segunda parte, estivemos sempre em jogo, pena foi que não levássemos daqui um ponto, porque era merecido para quem tanto lutou e trabalhou. Há decisões que, às vezes, são determinantes para os resultados finais”, finalizou Ricardo Soares.