Portugal
"Não se pode deixar 'morrer' Otamendi como fizeram com o Ferro na época passada"
2020-12-03 14:20:00
Ex-jogador encarnado, Diogo Luís espera que a confiança no argentino se mantenha

Nicolás Otamendi chegou nesta temporada à Luz e tem sido um dos jogadores em destaque na época benfiquista, pela negativa, graças aos erros individuais que tem cometido, alguns deles com influência direta em golos sofridos pelos encarnados.

Jorge Jesus já assegurou que não irá deixar 'cair' Otamendi e mantém a confiança no internacional argentino ex-Manchester City, que em Portugal já jogou no FC Porto.

Antigo jogador do Benfica, Diogo Luís entende que é preciso não deixar 'cair' o central argentino e dá o exemplo do que foi feito na última época, na Luz, com o defesa Ferro.

"Não se pode deixar 'morrer' o Otamendi como fizeram com o Ferro na época passada", avisa Diogo Luís, certo de que o argentino deve ser aproveitado na Luz até porque tem "muita qualidade".

"Todos falham. Só não falha quem não está lá dentro", comenta Diogo Luís, dizendo que falhar em campo "acontece" e compreende a insatisfação dos benfiquistas dado que os erros têm acontecido de forma "sistemática".

"Há duas formas de gerir. Se o jogador tiver uma personalidade forte, o treinador continua a colocá-lo em campo para que ele vá ultrapassando com os jogos os erros e mentalmente fique mais forte", explicou Diogo Luís, contando qual a alternativa.

"Falar com o jogador e dizer que continua a contar com ele, mas vai dar descanso porque tem feito muitos jogos no Benfica e na Seleção e depois volta para titular".

O ex-jogador encarnado referiu ainda, na Renascença, que no ano passado "culpabilizaram o Ferro por todos os erros que a equipa cometia e acabaram por enterrá-lo até que hoje não é opção de Jorge Jesus".

Quem também já veio a público defender Otamendi foi Helton, guarda-redes brasileiro que durante anos trabalhou com Otamendi no FC Porto, e lembrou que no futebol a linha que separa o sucesso do insucesso é curta.

"Sobre as críticas, cada um fala aquilo que pode e que quer. Todos podem abrir a boca e falar torto e a direito. Muitos nem pisaram e nem conhecem a relva e essa adrenalina que os jogadores levam para dentro de campo".