A eliminação da Juventus, que caiu aos pés do FC Porto, na Liga dos Campeões, merece o reconhecimento de Carlos Manuel, antigo internacional português que, na SportTV, tece fortes elogios à equipa portista. 

“Não diria que estar nos quartos de final da Liga dos Campeões seja impensável, mas estamos a falar das oito melhores equipas da Europa. E olhamos para aquelas equipas dos quartos de final e... qual delas?”, questiona, numa antevisão do que pode ser o sorteio, em que o FC Porto não tem ‘escolha’: pela frente, haverá um grande adversário.  

Carlos Manuel enaltece o contributo dos dragões para a soma de pontos para o ranking de Portugal na UEFA: “Não podemos negar que o FC Porto carrega o país às costas. Devemos estar todos contentes, neste país, com estas proezas. Foi o FC Porto, mas poderia ter sido o Benfica, o Sporting, o SC Braga... Desde que isto aconteça, temos de estar satisfeitos com estas proezas”. 

O antigo jogador do Benfica defende que este sucesso europeu resulta de “um trabalho de todos os responsáveis do FC Porto”, sendo que “há pessoas que se destacam, em particular o Sérgio Conceição, os jogadores e os elementos da estrutura do clube”. 

O feito do FC Porto deve, segundo Carlos Manuel, merecer grande destaque. “É muito difícil para qualquer equipa portuguesa chegar aos quartos de final. Olhamos muito para o dinheiro, mas o dinheiro nem sempre diz tudo. As outras equipas são mais fortes, têm melhores jogadores, mas há outras coisas importantes. E o FC Porto tem-nas", salienta. 

“Fala-se de sorte, de azar, mas nada disso tem que ver com o sucesso do FC Porto. O sucesso explica-se com o trabalho daqueles jogadores, o trabalho do Sérgio Conceição. Não tenho dúvidas nenhumas de que o FC Porto foi melhor do que a Juventus, nos dois jogos”, elogia ainda o ex-futebolista, comentador na SportTV. 

Para Carlos Manuel, Sérgio Conceição conseguiu montar uma estratégia que levou a Juventus a adaptar-se ao campeão português. A esse mérito juntam-se alguns atributos que os azuis e brancos apresentam:  

"O FC Porto é intenso, na luta, na garra. Para o FC Porto, há o orgulho. E os profissionais de futebol têm orgulho, têm brio, querem sempre fazer o melhor. Nem sempre fazem o melhor, porque a bola também nos atrapalha. E os jogadores do FC Porto foram fantásticos”, elogia. 

“Os jogadores do FC Porto agarraram-se uns aos outros, com todo o poder, e pensaram: ‘nós vamos tentar passar’. E sentiram que era possível, independentemente de estarem com 10. O jogo que o Sérgio Oliveira fez é uma coisa abismal. O FC Porto foi uma equipa e o individual aparece quando há equipa”, conclui. 

A equipa portuguesa, recorde-se, perdeu por 3-2 diante da Juventus, em Turim, no jogo da segunda mão dos oitavos de final da Champions. No entanto, foi com 10 jogadores em campo, depois da expulsão de Taremi, que os dragões conseguiram marcar o golo que fez a diferença, na cobrança de um livre direto, por Sérgio Oliveira.  

A Europa ficou rendida e a história diz-nos que o FC Porto pode não ficar por aqui.