Rita Garcia Pereira, que fez parte da administração do Sporting durante a comissão de gestão, tornando-se num dos rostos mais visíveis dessa entidade leonina, destaca o papel que o clube tem vindo a desempenhar na ajuda solidária em tempo de crise de saúde.
A ex-dirigente verde e branca sublinha que "conseguir ser solidário quando a própria casa tem debilidades é um dos timbres do Sporting" e isso deixa-a satisfeita, ao contrário do que vai também assistindo com eventuais tentativas de marcação de assembleias para tentar destituir Frederico Varandas pelo facto de o atual presidente ter ido servir o Exército durante o estado de emergência.
"Num momento em que estão em causa vidas humanas e em que as atividades desportivas estão em suspenso, pretender aproveitar a alegada ausência de Frederico Varandas para uma qualquer assembleia, evento aliás, proibido pelo estado de emergência, é não olhar a meios para atingir os fins", assinala Rita Pereira Garcia, em artigo de opinião no blogue 'Leonino'.
A antiga dirigente do Sporting avisa que "não pode valer tudo" e sustenta que "mesmo para os que acham que vale, deveriam existir limites que não se ultrapassam" e esses são "os da dignidade", da "solidariedade".
"Se não para com esta Direção, pelo menos para com os que possam precisar de cuidados médicos num país que manifestamente continua a não parecer estar preparado."
Bruno de Carvalho, antigo presidente dos leões, criticou, recentemente, a notícia de despedimentos na Loja Verde nesta altura de pandemia e a "espera" feita por um canal de televisão quando o "herói de Kandahar" chegava ao hospital militar para se apresentar ao serviço e prestou declarações.
Numa altura em que alguns movimentos pedem a demissão de Varandas no Sporting até porque está focado no serviço à pátria, ouvido pela 'Visão', Rogério Alves, presidente da Mesa da Assembleia-Geral dos leões, revelou que "analisará a questão, quando ela lhe for suscitada, no local próprio e no momento adequado".
Quando se apresentou ao serviço nas forças armadas, Frederico Varandas, capitão do Exército e médico, garantiu que "tudo será feito dentro da legalidade".
