Portugal
"Não percebemos a forma discriminatória como o futebol profissional foi tratado"
2021-06-02 19:05:00
Pedro Proença considera "incompreensível" a demora na autorização para o regresso dos adeptos aos estádios

O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Pedro Proença, criticou o Governo pela demora no levantamento da proibição de adeptos nos recintos desportivos, anunciada para depois de 14 de junho e quando foi autorizada a presença de público na final da Liga dos Campeões, realizada no Estádio do Dragão, no Porto.

“Venho congratular-me com esta decisão que só peca por tardia. Este é o resultado de um trabalho de vários meses, em que não percebemos a forma discriminatória como o futebol profissional foi tratado. Felizmente, presidentes, sociedades desportivas, Liga e Federação conseguiram finalmente que conseguíssemos autorização para que pudéssemos ter adeptos”, começou por afirmar Proença, em declarações aos jornalistas à saída da Assembleia Geral da Liga.

“Depois do que assistimos no passado fim de semana, é incompreensível que não tenhamos tido mais cedo adeptos nos estádios. Vamos fazê-lo de acordo com as orientações da DGS. Temos a esperança de conseguir que a percentagem de pública seja quase na plenitude. Estamos preparados para responder a essas necessidades", acrescentou o presidente da LPFP, que não aceitou responder a perguntas.

Horas antes, o primeiro-ministro, António Costa, tinha revelado que os recintos desportivos de todas as modalidades poderão preencher até um terço da sua lotação para espetadores a partir de 14 de junho, podendo ser exigido um teste negativo à covid-19.

"No que diz respeito à atividade desportiva, deixa de haver restrições nos escalões de formação e modalidades amadoras, devendo ter lugares marcados e regras de distanciamento definidas pela Direção-Geral da Saúde (DGS) sempre que se realizem fora de recintos desportivos, e 33 por cento quando se verifiquem em recintos desportivos”, explicou António Costa, em conferência de imprensa.