Pedro Henriques, antigo jogador de vários clubes da I Liga, entre os quais Benfica e FC Porto, olha para o estado atual do futebol português e nota que muita gente fala de verdade desportiva mas, verdadeiramente, entende que "do meio-campo para a frente todos querem é penáltis a favor quando se cai na área e contra nunca é".

O comentador da Sport TV sustenta que, em Portugal, "enchem a boca com verdade desportiva" mas, depois, a "bazófia é falar dos erros dos árbitros, que fazem parte do jogo".

Relativamente aos recentes episódios de violência ocorridos contra elementos do plantel do Benfica, Pedro Henriques acredita que cabe ao Estado criar medidas para acabar com esta situação.

"O secretário de Estado vem dizer que temos legislação. Pronto", disse, lamentando que essa legislação não seja aplicada de forma a que, de uma vez por todas, a violência possa deixar o desporto.

"A autoridade neste país é fiscal. Em vez de uma pedra se fosse uma falha do IMT, ai Jesus... Como foi uma pedra não acontece nada", criticou, em relação ao ataque de que foi alvo o plantel do Benfica, na última quinta-feira, quando viajava para o Seixal, depois de um empate na Luz contra o Tondela.

Pedro Henriques aproveitou ainda para dizer, na Sport TV, ao comentar o momento do Benfica, que já desde o triunfo no Dragão, na última época, vem detetando lacunas na equipa que não as vê Lage a corrigir.

"Os jogadores têm responsabilidades, o treinador também tem quando ganha mas também quando perde. E a estrutura. Não me venham com a bazófia da estrutura só quando ganham".

"Quando ganham é a estrutura, quando não ganham é o treinador", disse.

O Benfica atravessa um mau momento, sendo que a equipa perdeu uma confortável vantagem que tinha na frente.

Na retoma do campeonato, na última quinta-feira, o Benfica desperdiçou a oportunidade de ser colocar na liderança de forma isolada mas empatou contra o Tondela.

Posteriormente, a equipa foi alvo de um ataque que, recorde-se, foi notícia nos principais jornais desportivos a nível mundial.

O veículo que transportava a equipa após o empate na Luz contra o Tondela foi atacado à saída da A2, quando se deslocava para o Benfica Campus, no Seixal.