A corrida eleitoral no FC Porto está lançada e, ainda que nenhuma candidatura tenha sido oficializada, alguns associados já revelaram ter por objetivo avançar, como foi o caso de Nuno Lobo e também André Villas-Boas que prometeu avanços no mês de janeiro de 2024. Os tempos mais recentes têm sido marcados por divisão interna no clube da cidade Invicta e Pinto da Costa, histórico presidente dos dragões, deixou reparos e críticas a André Villas-Boas, seu antigo treinador.

Entre as considerações, Pinto da Costa respondeu a André Villas-Boas depois de este ter pedido aos administradores da SAD que devolvessem os prémios financeiros alcançados recentemente. 

"Pergunto à administração se seria capaz de hipotecar o futuro das vossas famílias à proporção e velocidade com que hipotecam o futuro do FC Porto. Não tenho outra alternativa que não seja manifestar a minha reprovação às contas aqui apresentadas, condicionando a aprovação das mesmas à devolução da remuneração variável recentemente recebida pela atual administração", disse André Villas-Boas.

No seguimento da divisão interna que se faz sentir no FC Porto, Miguel Sousa Tavares, conhecido portista, sai em defesa de André Villas-Boas e recorda que na época em que este era treinador do FC Porto o clube tinha uma "frente de ataque inesquecível" composta por nomes como "Hulk, Falcao e James Rodríguez."

Em todo o caso, Miguel Sousa Tavares realça que, nessa altura, não viu Pinto da Costa em campo e outros administradores. "Mas não me lembro de ter visto Pinto da Costa à baliza, Adelino Caldeira no meio-campo ou Fernando Gomes no ataque", mencionou Miguel Sousa Tavares.

"Talvez o tufão a que o presidente aludiu tenha sido tão violento que acabou por varrer a capacidade de erguer coisas novas"

Em declarações no Record, o escritor e conhecido portista sublinhou também não ter memória de os acionistas da FC Porto, SAD terem sido premiados com dividendos financeiros do sucesso desportivo.

"Nem me lembro de terem sido distribuídos dividendos aos acionistas - nesse ano ou em qualquer outro", apontou Miguel Sousa Tavares, que tem sido um rosto crítico da gestão de Pinto da Costa, presidente do FC Porto que tem Fernando Gomes como responsável pelas finanças há várias épocas, depois de por lá ter passado Angelino Ferreira, que também foi visado na Assembleia Geral por parte de Pinto da Costa.

"O doutor Angelino Ferreira está muito preocupado com o futuro do FC Porto. Lembro-me e ele também que quando tive a ideia de avançar com o museu, ele disse que isso era um tufão que ia passar pelo FC Porto. Respondi que tufão só da telenovela que passava nessa altura", disse Pinto da Costa.

Angelino Ferreira, ao Record, deixou recentemente a sua versão dos acontecimentos relativamente à construção do museu. "Talvez o tufão a que o presidente aludiu tenha sido tão violento que acabou por varrer a capacidade de erguer coisas novas".