O presidente da Mesa da Assembleia Geral (MAG), António Pires de Andrade, respondeu hoje ao movimento de sócios que exigiu a sua “renúncia imediata” do cargo, em virtude da não marcação de uma reunião magna extraordinária que foi requerida.
Numa nota onde justifica o facto de não ter ainda convocado essa assembleia – “continuo a aguardar a resposta da DGS à carta dirigida pelo secretário-geral, para então marcar a data da Assembleia Geral Extraordinária e apresentar o modo de funcionamento da mesma”, explica –, Pires de Andrade responde também a esses pedidos de demissão.
“Dirigindo-me aos sócios que pedem a minha renúncia imediata de presidente da Mesa da Assembleia Geral, quero comunicar que não me deixo abater por pedidos públicos como o apresentado, sem qualquer fundamento legal, e que continuarei a trabalhar e a servir o Benfica com a mesma energia com que aceitei o cargo e conto com o apoio dos benfiquistas para organizar, em conjunto com os restantes membros da Mesa, o próximo ato eleitoral antecipado, já anunciado, para concretizar até ao final do ano corrente”, escreve.
A recontagem dos votos irá decorrer nos próximos dias, segundo garante Pires de Andrade. "Informo-vos, ainda, e no seguimento daquele meu comunicado do passado dia 29 de junho, que, antes do final do corrente mês de julho, uma empresa multinacional irá proceder à abertura das urnas e à contagem dos votos físicos, sendo acompanhada pelos serviços do Benfica", pode ler-se na nota divulgada no site do clube.
António Pires de Andrade esclarece ainda que a marcação da assembeia-geral está dependente da autorização da Direção-Geral da Saúde (DGS). E salienta também que, acima dos estatuto do Benfica, estão "as normas das entidades governamentais e de saúde".
"Todos os membros da Mesa da Assembleia Geral conhecem os estatutos do Benfica e eu, como presidente dessa mesma Mesa, sou um defensor acérrimo do estabelecido nesses mesmos estatutos. Só que acima dos estatutos do Benfica estão as leis do país e as normas que as entidades governamentais e de saúde aprovam para nos ajudarem a enfrentar a pandemia que tem assolado o mundo em geral e o nosso país em particular", salienta ainda o presidente da MAG, que aguarda autorização para convocar os sócios.
Recorde-se que o pedido de demissão foi feito pelo movimento ‘Servir o Benfica’, do qual faz parte Francisco Mourão Benítez, que foi candidato à presidência da MAG, nas eleições de outubro de 2020. Benítez integrou a lista de João Noronha Lopes, opositora de Luís Filipe Vieira, que venceu esse ato eleitoral.
"Continuo a aguardar a resposta da DGS à carta dirigida pelo senhor secretário-geral, para então marcar a data da Assembleia Geral Extraordinária e apresentar o modo de funcionamento da mesma", explica.