Paulo Lopo, porta-voz do movimento 'Sem adeptos não há futebol' acusa Governo e Federação Portuguesa de Futebol de não estarem a fazer de tudo para que os adeptos regressem às bancadas dos estádios.

"Não concordo experiências. Nós também não fizemos experiências para ter público na Fórmula 1. Portanto, não deveríamos andar em experiências para ter público nos estádios", criticou Paulo Lopo.

Na TSF, o antigo líder do Leixões entende que a dita consciencialização do público nos estádios deverá ser feita por todas as entidades ao mesmo tempo.

"A Federação Portuguesa de Futebol, a Liga e os clubes. Não tenho sentido isso por parte da FPF e acho que a FPF é a principal ou deveria ser a principal entidade de defesa do futebol português. Não tem feito o esforço necessário para ter público nos estádios."

Paulo Lopo, representante deste organismo, avisa que a fatura será pesada no futuro e chegará dentro de poucos anos às finanças dos clubes de futebol.

Os jogos Tondela-Portimonense e Farense-Rio Ave, da quinta jornada da I Liga, vão ter público, anunciou a Liga Portuguesa de Futebol Profissional, indicando que os estádios poderão ter uma lotação máxima de 15 por cento.

Nesta jornada do campeonato, o embate entre Santa Clara–Sporting tinha já a presença de adeptos autorizada pelas autoridades de saúde portuguesas.

A este respeito, a Liga compromete-se "à semelhança do que aconteceu nos outros três testes-pilotos já realizados" a cumprir com todas as determinações da Direção-Geral da Saúde relativas à pandemia de covid-19 e a assegurar que "as regras sanitárias e de distanciamento são cumpridas".