A temporada 2022/2023 tem decorrido longe do que Cristiano Ronaldo esperava e se 2022 marcou o adeus em definitivo do português a Old Trafford, após uma sequência de polémicas que culminaram com uma entrevista que ditou o fim do contrato, o Campeonato do Mundo também está longe de decorrer a nível individual como o madeirense pretenderia, até porque foi relegado para o banco de suplentes recentemente.
Carlos Barbosa da Cruz, antigo dirigente dos leões, considera que se deve encarar com relativa normalidade este momento de Cristiano Ronaldo a nível desportivo, mostrando-se pouco admirado com o rendimento que Cristiano Ronaldo tem vindo a revelar com a Seleção Nacional de Portugal no Mundial da FIFA.
"O Cristiano Ronaldo, quando saiu, ele [Fernando Santos] não tinha grandes alternativas. Se não tirava consequências dessa atitude do jogador [aquando do jogo contra a Coreia do Sul ainda na fase de grupos, com Ronaldo a proferir algumas palavras], dentro de uma correlação de forças que existe sempre entre o selecionador e os seus jogadores, ele estava completamente desautorizado", assumiu o advogado e antigo dirigente dos leões.
Em todo o caso, Carlos Barbosa da Cruz sustenta que até há "males" que "vêm por bem". "Quero crer que há males que vêm por bem, e foi por causa disso que o Gonçalo Ramos foi posto a jogar", salientou o advogado, que falava em declarações na CMTV, onde teve oportunidade de realçar que esta polémica em torno de Ronaldo "é desnecessária".
"O que mais me espanta em torno desta polémica, que é desnecessária, é que estava na cara que o Mundial de 2022 dificilmente seria o Mundial de Ronaldo, porque tinha tido um rendimento nos meses que antecederam, muito intermitente", disse Barbosa da Cruz.
O antigo dirigente do clube verde e branco refere que Ronaldo já "tinha jogado muito pouco" e, por isso, "dificilmente isto podia ser o Mundial de Ronaldo".
Além disso, Carlos Barbosa da Cruz refere que "não está escrito em lado nenhum, a não ser nas redes sociais que as irmãs do Ronaldo desajeitadamente incendeiam, que o Ronaldo tem de ser um jogador efetivo na Seleção".
Deste modo, completa o advogado, "com a idade que tem, o Ronaldo tem limitações". "Ele é um jogador de explosão e tem limitações óbvias. Quer físicas, quer até de encaixe no esquema da Seleção".
Assim sendo, para Carlos Barbosa da Cruz, "se alguém meteu na cabeça do Ronaldo, ou ele próprio se convenceu que a Seleção no Catar seria Ronaldo e mais dez, estava a incorrer num enorme erro".