Portugal
"Não comungo de quem apelida os dirigentes do FC Porto de bandidos"
2020-11-27 16:00:00
"Há bandidos com classe e outros sem classe", salienta Mascarenhas

Antigo dirigente do Sporting, Bruno Mascarenhas não concorda quando se encara e apelida Pinto da Costa de "bandido" e aproveita para, em jeito de memória e elogio a Reinaldo Teles, destacar a figura azul e branca que Mascarenhas conheceu enquanto desempenhou funções de dirigente verde e branco.

"Reinaldo Teles era de uma simpatia e cordialidade cativantes. Alguém que tinha o peso da experiência, da sabedoria e emanava respeito. Respeitava e fazia-se respeitar", assinala Mascarenhas.

Certo de que "os dirigentes do núcleo duro de Pinto da Costa no FC Porto" estiveram "intimamente ligados a um percurso de retumbantes vitórias", Bruno Mascarenhas concorda e diz estar certo de que os "métodos utilizados", em algumas dessas vitórias, foram, supostamente, obtidos com recurso a situações que "prejudicaram, e muito, o Sporting".

Mas sobre isso, Bruno Mascarenhas não se alonga em muitos comentários e prefere antes destacar que não olha para os dirigentes do FC Porto da mesma forma que alguns os encaram.

"Quanto aos dirigentes do FC Porto, não comungo da tese simplista de quem os apelida de bandidos. Sobre isto dizer que há bandidos com classe e outros sem classe alguma", afirma Bruno Mascarenhas, em artigo de opinião no portal Leonino.

O ex-dirigente do Sporting sustenta ainda que nesta vida do dirigismo prefere "quem assuma o que faz" ao contrário de "alguns que hipócrita e cinicamente se armam em impolutos".

E para esses, Bruno Mascarenhas não tem grande palavras de elogio, até porque, diz o ex-dirigente verde e branco, esses acabam por ter quem por eles faça o 'serviço'.

"Depois contam com o parceiro para fazer as patifarias por eles", assinalou o ex-vogal da direção liderada por Bruno de Carvalho, que tem sido um dos rostos críticos da gestão de Frederico Varandas.

Anteriormente, recorde-se, entre outras coisas, o antigo dirigente, que desempenhou funções na altura em que Bruno de Carvalho liderava o clube, disse entender que algumas das conquistas leoninas há duas épocas caíram "no colo" desta direção graças ao "trabalho feito durante quase seis anos" por "uma estrutura oleada e equipas de enorme gabarito".