Bruno de Carvalho, ex-presidente do Sporting, não se conforma com a apresentação do projeto da “Cidade Sporting” pela atual direção, acusando mesmo o atual presidente, Frederico Varandas, de ser “mesquinho”.
Eleito em 2013 e destituído da presidência leonina a 23 de junho de 2018, Bruno de Carvalho considera que a direção de Frederico Varandas procura reescrever a história do clube, apresentando como seus projetos e iniciativas que tinham sido já idealizados ou anunciados pelo ex-presidente.
“Já não bastou mandar apagar as imagens existentes na Sporting TV, onde eu aparecia, agora querem reinaugurar tudo para apagar da história o que foi feito... É digno de estados de ditadura onde se manipula o cérebro...”, comentou Bruno de Carvalho.
Numa série de artigos que tem publicado no Twitter, o ex-dirigente recordou que Varandas se apresentou a votos com a missão de “unir o Sporting”. O verdadeiro “objetivo” do atual líder leonino é, no entendimento de Bruno de Carvalho, bem mais “mesquinho”.
“A missão desta direção sempre foi a de unir o Sporting contra o presidente anterior. E quando se tem um objectivo tão mesquinho, mas tão bem definido, vale tudo”, sustentou esse mesmo “presidente anterior”, Bruno de Carvalho.
Foi ontem que o clube de Alvalade anunciou, com um comunicado no site oficial, a “Cidade Sporting”, um projeto para revitalizar toda a zona envolvente ao Estádio José Alvalade, em Lisboa, com a criação de uma ligação ao pavilhão e novas infraestruturas. Só que a mesma “Cidade Sporting” tinha sido referida já por Bruno de Carvalho em julho de 2017.
“Hoje é um dia histórico e de grande felicidade para a nossa família sportinguista. Com a inauguração da rotunda de Alvalade, da Rua Professor Mário Moniz Pereira, dos três campos de Futebol Fernando Peyroteo, Luís Figo, Cristiano Ronaldo e do Pavilhão João Rocha, nasce, assim, a tão ansiada Cidade Sporting”, disse o então presidente dos leões.
“No dia da inauguração da Cidade Sporting, que não é o Pavilhão João Rocha (como é óbvio - pavilhão não é cidade), inaugurou-se um conceito de ‘pertença’ e de ‘atividade’”, acrescentou, hoje, o ex-dirigente.
Segundo o presidente destituído, a Cidade Sporting “é um ‘espaço contínuo’ criado por um conjunto de ruas, acessos, rotunda, estátua, estádio, pavilhão, megaloja, museu, restaurante no pavilhão, campos de futebol (onde ia surgir uma academia gerida pelo próprio clube com apoio do pólo EUL)”.
Estava também “idealizado”, no âmbito do mesmo projeto, “fan center, sports bar, novo restaurante, fans bar e um hostel”.
Desde que o clube anunciou a “Cidade Sporting” que Bruno de Carvalho se mostrado muito ativo nas redes sociais. O ex-dirigente tem realçado a “confusão” promovida pelos leões, ironizando que a direção de Varandas “vai até inaugurar o Pavilhão João Rocha” e, no próximo ano, “a Sporting TV”. “Estão ‘on fire’”, provocou Bruno de Carvalho.
De acordo com o comunicado do clube de Alvalade, “o Sporting Clube de Portugal continua a inovar e, nesse sentido, vai criar a Cidade Sporting, que envolverá desporto, arte e tecnologia. Explicando que as obras arrancam já em maio, o clube referiu ainda que “este projeto do Sporting vem, assim, de certa forma, também ao encontro da própria cidade de Lisboa, que em 2021 é Capital Europeia do Desporto, e que com isso dará aos lisboetas e aos seus visitantes novos espaços para a prática desportiva”.
