O antigo vice-presidente do Benfica José Manuel Capristano lamenta que a direção de comunicação do clube da Luz não tome posições em relação às arbitragens ao longo da temporada e diz que aquilo que tem acontecido ao Benfica, se fosse contra o FC Porto "era o fim do mundo". Porém, na Luz, a comunicação é feita por "meninos de coro".

"Isto se fosse no FC Porto era o fim do mundo, mas no Benfica as pessoas acham lá nas newsletters que dizem qualquer coisa e pronto meninos de coro e a verdade é que o Benfica foi prejudicado", afirmou José Manuel Capristano, mencionando o lance de Chaves, quando nos instantes finais, ainda com 0-0, Nico Otamendi caiu na área e o árbitro e o VAR nada assinalaram, sendo que, pouco depois, o Chaves chegou ao golo da vitória, que permitiu aos rivais encarnados aproximarem-se na classificação.

"Poderíamos estar aqui à vontade com sete pontos", admitiu José Manuel Capristano, reconhecendo que o lance de Chaves poderá ser decisivo nas contas finais do campeonato.

"Este erro do VAR chamado António Nobre pode custar milhões de euros. Quem é que é responsável por isto?", interrogou o antigo vice-presidente do clube da Luz, sustentando que existem "erros" com um tipo de influência diferente de outras situações de jogo que acontecem ao longo das épocas.

"Há erros e erros. Houve um duplo penálti nesse lance", lembra José Manuel Capristano, em declarações no canal A Bola TV, onde fez questão de destacar que o árbitro deveria ter sido avisado pelo VAR António Nobre.

"O árbitro pode não ter visto dentro de campo, é natural, agora um homem que está na poltrona a olhar para a televisão? Está concentrado ou devia estar e não vê o lance?", interrogou José Manuel Capristano.

O lance de Chaves tem gerado indignação em figuras ligadas ao Benfica. Recorde-se que António Bagão Félix, antigo ministro das Finanças, também já se mostrou curioso para perceber o impacto que esse "erro 'aldrabão'" poderá ter nas contas do título.

"Veremos se o erro ’aldrabão’ de Chaves vai ou não ter influência", disse Bagão Félix, destacando que "tudo seria bem mais claro se, em Chaves, um senhor nobre e um seu adjunto plebeu não tivessem adormecido nos últimos minutos de jogo".

"E, como tal, não tivessem observado o que qualquer cegueta era capaz de ter vislumbrado", indicou Bagão Félix, velando reparos à arbitragem de João Pinheiro que tinha António Nobre no VAR, na Cidade do Futebol.