O agravamento da situação epidemiológica de covid-19 em Portugal recolocou em cima da mesa o cenário de uma suspensão das provas profissionais.

Já com o novo confinamento em vigor, o Governo voltou a apertar as regras, agora decretando o encerramento das escolas, entre outras medidas. No entanto, a Associação Nacional de Médicos de Futebol (ANMF) não vê “razões” para que o futebol volte a parar.

“Não me parece que haja, neste momento, razões que nos levem a pensar que isso poderá acontecer”, adiantou o presidente da ANMF, João Pedro Mendonça.

Em declarações à Renascença, o dirigente da ANMF, que é também médico do Nacional, todos os agentes ligados ao futebol profissional têm demonstrado “comportamentos no sentido de que tudo se possa fazer para que a competição continue”.

“É verdade que tem havido mais casos, como há no resto do país e do mundo, mas nada me leva a crer que possa haver alguma alteração”, reforçou João Pedro Mendonça, salientando que “o escrutínio e a quantidade de testes são impressionantes”.

De acordo com a ANMF, o protocolo sanitário para o futebol tem sido cumprido “conforme o preconizado no início da competição”.

O cenário de uma eventual paragem das competições profissionais adensou-se com os surtos registados no Benfica, que hoje anunciou mais um infetado, e FC Porto, com mais dois jogadores a acusarem positivo.

Já o Sporting viu serem registados dois falsos positivos, a Sporar e Nuno Mendes, que impediu os jogadores de alinharem no clássico com o FC Porto, na terça-feira.

De acordo com o boletim epidemiológico de hoje, Portugal registou novos máximos diários de mortes (221) e de internamentos (5630, dos quais 702 em cuidados intensivos).