A centralização dos direitos de transmissão televisiva está em marcha. Mas o Benfica não concorda com o modelo proposto pela Liga. Ao longo dos últimos tempos, várias figuras ligadas ao emblema da Luz têm criticado Pedro Proença. Entendem na Luz que o clube benfiquista deve ter um reflexo na centralização na medida das assistências aos jogos e às audiências que protagoniza.
Jaime Cancella de Abreu, conhecido associado do Benfica, aproveitou mais uma enchente na Luz para o campeonato e lançou uma reflexão sobre o tema. Em mensagem deixada nas redes sociais, Cancella de Abreu disse que a assistência encarnada em mais um jogo será importante para "ajudar" o presidente da Liga a "avaliar" o impacto do Benfica.
Cancella de Abreu e a centralização: "Ajudar o Proença a avaliar"
“Mais uma grande casa para ajudar o Pedro Proença a avaliar melhor a força do Benfica”, comentou Jaime Cancella de Abreu, realçando os números de espectadores que ocuparam as cadeiras da Luz diante do Gil Vicente.
“58.965 na Catedral! Somos grandes”, vincou o benfiquista Jaime Cancella de Abreu, que aproveitou para defender que o Benfica deverá valer "tanto como os outros 17 juntos".
“Sei que nenhuma centralização pode resultar se dela não fizer parte o clube que tem as maiores audiências, que enche estádios, que tem mais sócios e adeptos, que ocupa a esmagadora maioria do tempo de antena dos debates televisivos”, disse Jaime Cancella de Abreu.
Desta feita, em artigo no jornal O Jogo, Jaime Cancella de Abreu defendeu a importância que vê do Benfica no processo de centralização. “Se não valer tanto como os outros 17 juntos, não andará muito longe - ora isto jamais poderá ser ignorado”, avisou Jaime Cancella de Abreu.
O processo de centralização de direitos televisivos é um tema que se arrasta há vários anos e mesmo entre vários governos. Porém, a partir de 2028, a centralização será obrigatória por lei do governo, se não for alterada.
Centralização de direitos televisivos até 2028
Pedro Proença deixou algumas consideraões, recentemente, avisando alguns clubes que têm estado mais desconfiados da centralização de direitos de transmissão televisiva.
"Queremos criar marca, internacionalizar a nossa Liga com 306 jogos e não com os 17 jogos de um clube que acha que sozinho vale mais que a Liga inteira. Só cinco clubes do Mundo se poderiam dar ao luxo de avançar sem as suas ligas e, infelizmente, nenhum deles é português", disse Pedro Proença, citado pela A Bola.