Close Menu
  • Portugal
  • Grande Futebol
  • Prolongamento
  • Jogo do Povo
  • Motores
  • Modalidades
Facebook X (Twitter) Instagram
Facebook Instagram RSS
Bancada | FutebolBancada | Futebol
  • Portugal

    “Ganha ao Real Madrid de certeza. Até goleia”

    Novembro 6, 2025

    “Cultura organizada a lembrar o Estado Novo, em que era tudo controlado pela capital”

    Novembro 5, 2025

    TV no balneário de Fábio Veríssimo: “Alguém deu uma ordem. É imperdoável”

    Novembro 4, 2025

    “O Benfica vai bater o recorde de penáltis este ano? Está a acelerar com um ritmo!”

    Outubro 30, 2025

    “O Benfica, hoje, é um clube que pode bater de frente com Real Madrid, Barcelona”

    Outubro 29, 2025
  • Grande Futebol

    “Benfica não é uma grande equipa. Podemos passar facilmente”

    Agosto 26, 2025

    Jogo do Manchester United com hora portuguesa

    Abril 18, 2025

    Os 7 melhores treinadores do FC Porto de sempre

    Março 27, 2025

    Os 7 melhores treinadores do Benfica de sempre

    Março 26, 2025

    Onze contratações surpresa de portugueses para poderosos

    Fevereiro 27, 2025
  • Prolongamento

    Encostado ao poste a ler um livro

    Outubro 17, 2025

    “Treinar o Benfica? Interessa-me, gostava”, revela Mourinho

    Setembro 17, 2025

    “Mourinho não ganhou títulos no Benfica? Não havia Taça da Liga…”

    Setembro 17, 2025

    De Cosme Damião a Ivanovic: Quem marcou na estreia com a camisola do Benfica?

    Agosto 7, 2025

    Vidas Breves, Legados Eternos: Futebolistas do FC Porto que Partiram Cedo

    Agosto 6, 2025
  • Jogo do Povo

    Faróis do carro a dar luz e treinos no estacionamento no engenho do Eurico

    Junho 13, 2024

    S. João Ver. A bola dá tanto e nunca questiona nada

    Junho 6, 2024

    Peniche. Nem tudo que vem à rede é peixe

    Maio 29, 2024

    Lusit. Évora. E ninguém se lembra do capitão?

    Maio 23, 2024

    Mortágua. Entre sofás e colchões até ser outra vez ‘domingo’

    Maio 16, 2024
  • Motores

    MotoGP hoje horário Portugal: Hora do GP Portugal 2025 e de todas as provas

    Novembro 3, 2025

    Fórmula 1 horário Portugal: GP de F1 do Brasil 2025 – hora portuguesa

    Novembro 3, 2025

    Horários do GP dos Países Baixos em Fórmula 1 2025 (hora em Portugal)

    Agosto 4, 2025

    Horários do GP da Hungria em Fórmula 1 2025 (hora em Portugal)

    Julho 28, 2025

    Horário do GP da Bélgica em Fórmula 1 2025 (hora portuguesa)

    Julho 9, 2025
  • Modalidades

    UFC 318: Horário Portugal da luta Holloway vs Poirier 3 

    Julho 18, 2025

    Rip Curl Portugal: Horários do surf nos Supertubos de Peniche

    Março 13, 2025

    NBA Transmissão Portugal: Horário dos jogos da NBA, com hora portuguesa

    Fevereiro 20, 2025

    Calendário MotoGP 2025: Todas as provas de MotoGP de 2025

    Janeiro 23, 2025

    UFC Horário Portugal: Calendário 2025 e horas do UFC Fight Night em Portugal

    Dezembro 30, 2024
Bancada | FutebolBancada | Futebol
Início » Lusitanos, Benfica e SoccerStars: a ligação umbilical entre Portugal e Andorra
Portugal

Lusitanos, Benfica e SoccerStars: a ligação umbilical entre Portugal e Andorra

RedaçãoPor RedaçãoOutubro 4, 201715 Mins Leitura
Facebook Twitter LinkedIn Reddit Telegram Email
Partilhar
Facebook Twitter LinkedIn Telegram Reddit Copy Link Email

Procura pelos bilhetes para sábado tem sido muita, esperando-se casa cheia e 80 % da lotação a torcer por Portugal

A complexa viagem para Andorra vai obrigar Portugal a deslocar-se de forma especial, num avião da Força Aérea portuguesa, mas também o estado “ridículo” do relvado sintético e a altitude a que se encontra o Estádio Nacional de Andorra prometem ser obstáculos para a equipa das quinas. Contudo, nem tudo será complicado para a Seleção Nacional, uma vez que nas bancadas é esperado muito apoio às cores portugueses. Num estádio que já está esgotado, há quem acredite que grande maioria dos espectadores vai estar a torcer por Cristiano Ronaldo e companhia. Até está a ser preparada uma receção especial à chegada.

A razão para tal apoio é simples: Portugal e Andorra estão ligados de forma umbilical. São muitos os emigrantes portugueses que residem no Principado, alguns deles possuindo já a nacionalidade andorrenha, como o próprio presidente da Federação de Futebol local, Víctor Santos. A influência lusa estende-se aos relvados de Andorra, onde todas as equipas do primeiro escalão têm jogadores portugueses. Um dos que por lá passou até atingiu a fama por cá num programa televisivo para futuras estrelas. Depois há os dois casos especiais do FC Lusitanos e do Penya Encarnada, clube ligado à Casa do Benfica de Andorra. Há mesmo quem diga que “se não houvesse portugueses em Andorra, não havia futebol”.

A frase é da autoria de José Manuel, presidente do Penya Encarnada de Andorra, clube que subiu na última época ao primeiro escalão do futebol andorrenho. “Cerca de 60 por cento dos jogadores de futebol são portugueses, quase todas as equipas têm portugueses. Até o presidente da Federação é português, embora já tenha a nacionalidade andorrenha”, explica o dirigente ao Bancada. Mas o expoente máximo desta ligação é o FC Lusitanos, clube que já foi campeão e que foi fundado por portugueses. “Há muitos portugueses em Andorra e temos a sorte de poder contar com o apoio dos emigrantes que cá estão, para podermos fazer as coisas bem”, afirma César Gomes, diretor desportivo do clube e também ele português.

“O Lusitanos é um clube com identidade portuguesa. O plantel tem jogadores portugueses e outros que já nasceram cá e são filhos de pais portugueses – alguns até já jogaram pela seleção. Temos também optado por contratar jogadores em Portugal. Para nós é um orgulho poder ter portugueses na estrutura e seguir essa filosofia”, sublinha-nos o dirigente do clube que em 2011/12 e 2012/13 conquistou o título de Andorra. Esta temporada a aposta em jogadores portugueses foi reforçada e o Lusitanos recorreu mesmo ao mercado nacional. Os antigos internacionais jovens por Portugal Pedro Araújo e Tiago Targino foram dois dos reforços.

Outra das contratações foi Rui Beja, lateral que deixou o Farense para rumar a Andorra, apesar de toda a desconfiança que possa ter envolvido esta mudança. “Quando surgiu o convite, admito que fiquei um pouco receoso, porque não conhecia o futebol andorrenho”, admite-nos. O que leva, então, um jogador português a rumar a uma das ligas mais pequenas da Europa? “Tinha possibilidades de continuar em Portugal, no CNS, mas tive de ponderar. O projeto foi-me apresentado pelo César Gomes. Pareceu-me um projeto interessante e as condições financeiras do estrangeiro estão acima do que se oferece em Portugal. Pela sinceridade e honestidade com que o projeto foi apresentado, ponderei com a minha família e namorada e decidi aceitar”, lembra.

Razão diferente foi a que levou Riera até Andorra, há mais de uma década. O nome não lhe é familiar? Pois bem, Manuel Veiga Machado notabilizou-se na televisão, ao conquistar a vitória num programa exibido pela RTP no início do século, que tinha como objetivo a detenção de jovens talentos. Riera foi o vencedor do SoccerStars e como prémio teve o direito de rumar à Academia do Sporting. Mas já lá vamos… Três anos depois do furor televisivo rumou a Andorra, para representar o FC Lusitanos, naquela que foi a primeira de três passagens pelo clube – a segunda foi em 2013/14 e a terceira terminou esta temporada. A razão de ter emigrado para Andorra é mais simples do que parece. “Tive uma lesão grave num pé, parti o quinto metatarso por duas vezes. Estava um pouco desesperado e como já conhecia Andorra, por lá passar férias, decidi ir. Não foi por nenhum motivo em especial, apenas por gostar do país. Tive a possibilidade de estar à experiência numa equipa e a partir daí saiu tudo bastante bem”, conta ao Bancada.

Em Andorra também há um Benfica no escalão principal. Foto: Penya Encarnada/Facebook

Apoio compensa sintético problemático

Toda esta ligação entre os dois países vai fazer com que Portugal vá contar com bastante apoio nas bancadas. Há quem garanta que a equipa de Fernando Santos vai estar a jogar “em casa” e quando chegarem a solo andorrenho, amanhã, poderão ter uma receção surpresa à espera. “Diria que 80 por cento do estádio vai estar a torcer por Portugal. Podem ter a certeza que Portugal vai jogar como se fosse em casa. Falta de apoio e adeptos não terá. Os portugueses irão estar em maioria absoluta. Estamos todos eufóricos e estamos a ver se preparamos uma receção especial. Está previsto que aterrem amanhã, a cerca de oito quilómetros de Andorra. Não sei se os vamos esperar à fronteira, mas algo vamos preparar”, assegura-nos o presidente José Manuel.

“Até à última hora não acreditávamos que este jogo pudesse ser disputado cá. Estamos muito contentes por receber cá Portugal. Para muita gente esta poderá ser a única ocasião de ver a Seleção Nacional. Andorra é o país onde vivemos e há aquele respeito, mas a nossa Seleção está acima disso. O jogo também conta pouco para Andorra, por isso penso que todos vão torcer por Portugal, até porque está em jogo a qualificação para o Mundial”, confessa César Gomes. A mesma ideia é defendida por Rui Beja. “Aqui falo mais português do que catalão ou castelhano. É normal encontrar portugueses a falar na rua ou no café. Estou certo de que Portugal irá ter um grande apoio. Não sei se será superior a Andorra, mas tenho a certeza que os portugueses irão lá estar em grande número e o apoio será enormíssimo, pois as pessoas esperam há muito por isto”, diz o novo lateral do Lusitanos.

A procura para estar na partida tem sido muita, como nos confirmam. “O Estádio Nacional de Andorra foi inaugurado há ano e meio. Não é grande, o que é uma pena, pois nem todos vão poder assistir ao jogo. Mas pela primeira vez na história vai estar cheio. As entradas estão esgotadas há vários dias, mas ainda há muita gente a querer comprar bilhetes. Acredito que 60 a 80 por cento dos espectadores vão estar a apoiar Portugal”, refere César Gomes ao Bancada. Quem lá vai estar é o presidente do Penya Encarnada, José Manuel, e também Rui Beja. “Já se começa a notar aquele ambiente próprio, com as pessoas a adquirirem os bilhetes e a comprarem cachecóis. Os adeptos estão a tentar fazer de tudo para que esse dia seja inesquecível. Eu vou ao estádio e serei mais um dos portugueses a torcer para que no final Portugal consiga o objetivo de conquistar os três pontos frente a Andorra”, garante o defesa, de 24 anos, natural da Vila das Aves.

“Já está tudo a ‘mexer’ por aqui”, prossegue José Manuel. “Consegui cerca de 200 entradas para o jogo, mas foi complicado porque o estádio só leva três mil pessoas. Há muita gente à espera de conseguir bilhetes, até de França e da Catalunha, mas é complicado porque já está esgotado. Para os portugueses em Andorra este é um ano excecional, porque já cá veio o Presidente da República e agora vem a Seleção Nacional”, regozija-se o dirigente do clube encarnado. Quem não vai ter a mesma sorte é Riera, que chegou a Portugal recentemente e não vai estar no sábado em Andorra. Nada que tire o sono ao jogador, de 31 anos. “Por acaso, quando estava no Chipre cruzei-me com a Seleção Nacional, porque tinha lá amigos, como o Nani, o Moutinho e o Patrício, que jogaram comigo no Sporting. O selecionador era o Paulo Bento, que também foi meu treinador no Sporting. No entanto, sinceramente, não sinto muito fanatismo, gosto apenas de ver os meus colegas”, admite-nos.

Todo o apoio esperado será contrabalançado pelos problemas que a equipa das quinas espera encontrar e que foram descritos logo no início deste texto. Se a altitude é desvalorizada por muitos dos que lá vivem, o sintético nem por isso. E há quem alerte veementemente para o estado do mesmo. “Conheço bem o estádio, joguei lá várias vezes”, assevera Riera. “O principal problema poderá ser o relvado, porque é ridículo. Muito, muito mau. Certamente não o vão colocar nas melhores condições, mas cada um joga com as suas armas. Portugal poderá sofrer um pouco nesse aspeto. Mas a nível de espectadores vai estar cheio de portugueses. Já a altitude influencia um pouco, mas a diferença de nível é tão grande que não irá influenciar negativamente para Portugal”, garante.

Por sua vez, José Manuel, acredita que não existirão complicações de maior. “O Estádio está homologado pela UEFA e FIFA, por isso não há problemas. A altitude também não é assim tanta e acredito que, tal como o estado do relvado, não vai influenciar o resultado”, defende. Já César Gomes destaca a altitude. “Para quem está habituado a treinar e jogar cá, em altitude, pode tirar partido disso. Pode ser um fator prejudicial para quem não está habituado”, frisa, explicando depois que, em relação aos relvados, apenas existe um piso natural em Andorra e a partir de novembro deixa de estar em condições devido às condições climatéricas, pelo que grande parte dos jogos do campeonato local são disputados em estádios sintéticos, pertencentes à Federação – só o FC Encamp possui estádio próprio.

Evolução a olhos vistos

O triunfo por 1-0 alcançado na receção à Hungria, em junho passado, em partida da fase de qualificação, pode ter sido surpreendente, mas não caiu do céu, sendo fruto da aposta que a Federação andorrenha tem feito na evolução do futebol local. “O futebol aqui evoluiu muito nos últimos anos e estão a optar muito pela juventude. O selecionador está a fazer bem as coisas e acredito que Portugal poderá ter algumas dificuldades para ganhar”, sublinha César Gomes. Ideia sustentada por Riera, que nota bastante diferença em relação àquilo que encontrou em 2007, quando ali chegou. “Houve uma evolução muito grande, principalmente porque melhoraram as infraestruturas e o pessoal a trabalhar na Federação tem muito mais nível atualmente, profissionalizando-se a dinâmica dos treinos e da formação. Foi essa a grande evolução. Nesta fase estão a utilizar muitos jovens, que têm muita vontade. É um método que começou há quatro ou cinco anos e que está a dar frutos”, vinca o antigo jogador do Lusitanos.

“A partir do momento que aceitei a oferta do Lusitanos, decidi recolher informações do futebol andorrenho e disseram-me que o nível tinha vindo a aumentar nos últimos anos, muito por causa dos clubes contratarem jogadores profissionais. A própria seleção tem vindo a surpreender nos últimos jogos. O futebol aqui surpreendeu-me pela positiva. Notam-se algumas diferenças, pois em Portugal há um futebol mais tático, onde todos os pormenores são tidos em conta, enquanto aqui é um futebol mais físico, onde imperam muito as disputas de bola. Não há tanto cuidado tático como em Portugal, mas existe qualidade. O futebol tem evoluído e a Federação tem proporcionado cada vez mais condições aos clubes para evoluírem”, argumenta Rui Beja.

Em termos futebolísticos, o coletivo de Andorra poderá ser mesmo a maior ameaça para a equipa portuguesa. “Desde que ganharam à Hungria que começaram a jogar mais juntos. São fortes a defender. Andorra joga duro, não deixa passar o adversário. Mas Portugal é de longe favorito”, ressalva José Manuel. Embora defenda que “quando se trata de jogar frente a Portugal, não se pode falar em individualidades, pois dificilmente alguém de uma seleção como Andorra irá marcar a diferença”, César Gomes destaca um nome. “Individualmente destaco um jogador que tenho pena que não esteja no nosso clube, o Marc Rebés, do FC Santa Coloma – campeão em título. É um jogador jovem, forte no meio-campo. Foi ele que marcou o golo à Hungria. É uma promessa de futuro do futebol de Andorra”, antevê-nos o dirigente do FC Lusitanos.

https://playbuffer.com/watch_video.php?v=XOX8O18AH12S

Saviola contratado

No final de setembro a Federação de Andorra anunciou que Javier Saviola começou a desempenhar as funções de adjunto da seleção nacional de Sub-16. Um reforço de peso para ajudar a evoluir o futebol local e que é visto com “bons olhos” pelo presidente do Penya Encarnada, ou não tivesse o antigo avançado argentino brilhado ao serviço do Benfica. “Há muitos adeptos e sócios do Benfica aqui no clube. Andorra é um país calmo e não se vê euforia por ninguém. No entanto, houve o convite e está prometido da parte dele que um dia virá à nossa sede para fazer um almoço. É uma pessoa simples, simpática e que se dá com toda a gente”, revela José Manuel.

O presidente do clube recém-promovido à primeira divisão de Andorra explica o que está na génese da criação do emblema – idêntico ao do Benfica – e as complicações inerentes ao processo. “Há alguns anos tínhamos uma ligação com o Benfica, éramos a Casa do Benfica em Andorra. Mas depois existiram alguns problemas com outra instituição, que também dizia que era a Casa do Benfica daqui. A outra acabou, nós continuámos. No entanto, estamos à espera de colocar tudo em dia para ser novamente a Casa oficial do Benfica em Andorra”, explica-nos o dirigente, sobre um clube ainda recente. “Este clube começou há nove anos. Há dois anos subimos, no ano seguinte descemos e este ano subimos novamente. Temos cerca de 100 sócios e temos jogadores portugueses, mas também andorrenhos, mexicanos e um brasileiro. Também temos uma equipa de futsal na primeira divisão”, frisa.

Por sua vez, o FC Lusitanos já tem uma “bagagem” superior. Aos dois títulos juntam-se várias experiências na Liga Europa e Liga dos Campeões. Na última época, um empate na última jornada acabou por fazer com que o emblema mais português de Andorra não conseguisse a qualificação europeia. Algo que o diretor desportivo César Gomes, que chegou esta época ao clube, quer inverter rapidamente. “O Lusitanos todos os anos é candidato ao título e já tivemos várias participações nas competições europeias e é isso que queremos que volte a acontecer”, assegura-nos. Para tal ajudou a operar uma “revolução” no plantel, onde entraram cerca de 20 novos jogadores, tendo saindo outros. Um dos que disse adeus ao clube foi Riera.

O plantel do Lusitanos para a nova época. Foto: FC Lusitanos/Facebook

Da televisão para a Alcochete

Voltemos, então, à história mais mediática entre o futebol português e andorrenho. Riera veio de Famalicão para ser o melhor entre as centenas de participantes no saudoso SoccerStars. O triunfo valeu-lhe a ida para Alvalade, onde revela-nos ter sentido algumas dificuldades, mas a carreira acabou por não “explodir”. Foi em Andorra que encontrou a felicidade, numa carreira que está, agora, parada de “forma temporária”. “Estou a criar um projeto de nível mundial. Tenho uma empresa de organização de eventos e estou a criar uma aplicação com um projeto relacionado com o running”, desvenda-nos, antes de recordar o período mais famoso da carreira.

“O SoccerStars foi uma experiência positiva, pelo desafio e por ter conseguido ganhar, tendo em conta o número de participantes. Já a experiência no Sporting foi muito dura no início. Até janeiro não pude jogar, só treinava, porque o meu ex-clube [o FC Famalicão], não me dava a carta de desvinculação. A adaptação aos colegas também foi delicada, porque não tinha chegado da mesma forma que eles e existiam alguns jogadores com estatuto que eu não tinha. Os primeiros meses foram complicados, mas depois da adaptação as coisas correram bastante bem”, relembra Riera.

Ao todo, Riera representou 12 clubes na carreira, alguns deles por mais que uma ocasião – todos de Andorra, onde fez a maior parte da carreira. Começou nas camadas jovens do Aves, seguiu para o FC Famalicão, clube da terra, e o triunfo no programa catapultou-o para o Sporting. Foi campeão nacional de juniores pelos leões e no ano seguinte iniciou o percurso sénior em clubes de divisões inferiores. Passou por Merelinense, União Torcatense, Courense e Cabeceirense até rumar a Andorra. Representou o Lusitanos, Sant Julià e FC Andorra uma primeira vez, antes de rumar ao Chipre, naquele que, para o jogador, foi o grande feito da carreira.

“A grande diferença é que na altura não existiam vídeos. Atualmente há vídeos na internet e dá para mostrar. Há 12 ou 13 anos não havia essa possibilidade e era complicado. Sobretudo a nível mental, julgo que atingi a maturidade futebolística um pouco mais tarde, talvez por todos estes problemas. Ainda assim, ter chegado ao Chipre, a uma primeira divisão, e ser profissional foi bastante realizador. Mas também foi quando descobri que não era isso que queria para a minha vida”, argumenta Riera, que regressou, então, a Andorra para novas passagens por Sant Julià, Lusitanos e FC Andorra, antes de uma terceira experiência no clube de origem portuguesa.

“Em Andorra, felizmente, o futebol teve uma evolução e o ordenado que pagam é superior ao ordenado mínimo local, que é de 1200 euros por mês. O futebol já está num nível económico interessante e dava para viver disso. Mas no Chipre a vida de profissional era feita de muitos sacrifícios. Não tínhamos vida. Como já estava acostumado a Andorra e à minha empresa, foi muito difícil viver no Chipre, por isso decidi voltar”, conta o antigo jogador português, que continua estabelecido no principado, onde no sábado Portugal pode dar mais um passo rumo ao Mundial’2018.

Andorra FC Lusitanos Mundial'2018 Penya Encarnada Portugal Riera
Partilhar Facebook Twitter LinkedIn Telegram Reddit Copy Link Email
Redação

PARA SI

“Ganha ao Real Madrid de certeza. Até goleia”

Novembro 6, 2025

“Cultura organizada a lembrar o Estado Novo, em que era tudo controlado pela capital”

Novembro 5, 2025

TV no balneário de Fábio Veríssimo: “Alguém deu uma ordem. É imperdoável”

Novembro 4, 2025

“O Benfica vai bater o recorde de penáltis este ano? Está a acelerar com um ritmo!”

Outubro 30, 2025

“O Benfica, hoje, é um clube que pode bater de frente com Real Madrid, Barcelona”

Outubro 29, 2025

“O único que mente é o Sporting. Benfica não é só de Lisboa. Pode doer, mas é a realidade”

Outubro 28, 2025
Últimas Notícias

“Ganha ao Real Madrid de certeza. Até goleia”

Novembro 6, 2025

“Cultura organizada a lembrar o Estado Novo, em que era tudo controlado pela capital”

Novembro 5, 2025

TV no balneário de Fábio Veríssimo: “Alguém deu uma ordem. É imperdoável”

Novembro 4, 2025

MotoGP hoje horário Portugal: Hora do GP Portugal 2025 e de todas as provas

Novembro 3, 2025
Veja também
Grande Futebol

“Benfica não é uma grande equipa. Podemos passar facilmente”

Por RedaçãoAgosto 26, 2025

Confiança máxima no seio da direção do Fenerbahçe, na véspera da deslocação à Luz. Na…

Grande Futebol

Jogo do Manchester United com hora portuguesa

Por RedaçãoAbril 18, 2025

A que horas dá o jogo de hoje do Manchester United? Tudo sobre Manchester United com hora em Portugal

Bancada | Futebol
Facebook Instagram RSS
  • Contactos
  • Estatuto Editorial
  • Ficha Técnica
  • Depositphotos
Copyright © 2025 Bancada

Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.