O ex-árbitro Duarte Gomes fez uma análise ao lance que determinou a expulsão do colombiano Luis Diáz, nesta quarta-feira, na partida da primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal, entre FC Porto e SC Braga. 

Num texto divulgado na sua página nas redes sociais, o ex-árbitro considera a decisão do juiz Luís Godinho errada. “Ponto prévio: espero que o David Carmo recupere bem e rapidamente, como tanto merece. Saúde sempre à frente de discussões sobre futebol. Não esqueçamos isso”, começa por escrever. 

Na sua análise ao lance, Duarte Gomes recorre aos factos - “Luis Díaz não fez falta. Rematou à baliza. Foi isso e apenas isso –, pelo que a expulsão resulta de uma decisão errada, do VAR e, posteriormente, de Luís Godinho.  

"Há uma recomendação que pressupõe a ‘proteção do jogo’. Ou seja, quando um jogador se lesionar gravemente, o adversário pode ser expulso. Mas essa ‘instrução’ pressupõe que seja cometida uma falta, ou seja, que aquele cometa infração e, por manifesto azar, acabe por lesionar seriamente o adversário. Não foi o caso. Luis Diáz não fez falta. Rematou à baliza. Foi isso e apenas isso. Tudo o que aconteceu depois foi infelicidade pura. Foi consequência”, explica Duarte Gomes. 

O ex-árbitro lembra ainda que o colombiano do FC Porto não coloca “força excessiva”, não usou “malícia, intensidade ou velocidade a mais”. Nem sequer “houve falta grosseira” ou “conduta violenta”. 

“Luis Díaz rematou com o pé esquerdo e o pé esquerdo teve que ir depois para algum lado. Inevitavelmente. Foi para o sítio onde, entretanto, chegou o tornozelo direito do David, que tentava legitimamente o corte. Má decisão, a de exibir o cartão vermelho”, refere. 

Duarte Gomes conclui a sua análise considerando que a sanção disciplinar não é adequada e destaca a infelicidade do lance. 

Recorde-se que o FC Porto empatou com o SC Braga, num jogo da Taça de Portugal com algumas semelhanças, relativamente ao que foi disputado entre as duas equipas, há poucos dias, para a I Liga. Os dragões adiantaram-se no marcador, ficaram reduzidos a 10, primeiro, e a nove, depois da agressão de Uribe.

Em vantagem numérica, a equipa de Carlos Carvalhal chegou ao empate, que deixa tudo em aberto para a segunda mão das meias-finais, que se disputará no Estádio do Dragão, no próximo dia 3 de março.

A arbitragem de Luís Godinho mereceu críticas de Pinto da Costa, que falou aos jornalistas, após o encontro, para transmitir uma mensagem: "Basta. Não nos vergam".