O presidente do Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), José Fontelas Gomes, falou sobre os efeitos do Covid-19 na arbitragem portuguesa.

Em entrevista à Sport TV, o dirigente explica que os planos de trabalho dos árbitros profissionais são iguais ao dos jogadores.

“Os árbitros estão a treinar da mesma forma que os jogadores, ou seja, elaboramos planos individuais para todos eles, dentro das contingências.  A parte técnica trabalhamos através de videoconferência três vezes por semana. Continuamos a fazer alguns trabalhos aprofundados de matérias que, durante o campeonato, é mais difícil de se fazer”, afirmou Fontelas Gomes.

Num período em que todas as competições em Portugal estão interrompidas, o setor da arbitragem que trabalha nos campeonatos não-profissionais pode passar por problemas, já que não irão receber o valor base por cada jogo arbitrado.

Fontelas Gomes não quis aprofundar muito essa matéria, destacando o facto de os árbitros das distritais irão ter o mesmo apoio, a nível teórico e técnico, que os árbitros da I e II Liga.

“O apoio que lhe estamos a dar é na parte física. Estamos também a enviar, para os Conselhos de arbitragem distritais, todas as nossas matérias dos campeonatos profissionais, para que, desse modo, distribuir pelos seus árbitros”, indicou.

“Fazíamos, por norma, um teste escrito todos os meses, agora ele é quinzenal. Tudo aquilo que nós trabalhamos tentamos dar aos campeonatos distritais”, acrescentou.

Sem querer fazer previsões para o regresso dos campeonatos, José Fontelas Gomes não quis comentar o estado atual da arbitragem, mas sim deixar uma mensagem sobre o novo coronavírus.

“Neste momento, o melhor é perceber como vamos ultrapassar esta fase. A minha mensagem é mais ou menos igual a de todos os intervenientes, vamos ultrapassar esta fase e fiquem em casa”, rematou.