O brasileiro falou sobre vários assuntos marcantes desta temporada
Jonas garanitu que será difícil deixar o Benfica nos próximos dois anos, falou sobre a grave lesão que sofreu esta temporada e explicou o choque com Nuno Espírito Santo no clássico da Luz, numa entrevista dada esta sexta-feira ao jornal “Record”.
As lesões
O jogador brasileiro considerou que a sua “segunda temporada foi brilhante” e que este ano ficou marcado pelas lesões. “Este ano foi de superação para mim, pelos momentos que passei, pelas lesões que tive, graves e complicadas”, tendo depois realçado a gravidade da infeção que teve no tornozelo. “Fiquei preocupado, porque a lesão que tive no tornozelo foi muito grave. Foi a pior que já tive. Já me lesionei nos ligamentos cruzados e até parei seis meses, mas não se compara com esta no tornozelo. Foi uma infeção e o departamento médico, com o doutor António Martins, teve de agir muito depressa. Foi uma coisa muito grave e poderia prejudicar-me no futuro. Foram três ou quatro meses parado e não esperava. Na primeira lesão, depois de duas ou três semanas, já estava disponível e até joguei contra o Nacional, mas, com a infeção, fui muito prejudicado e fiquei mesmo muito preocupado.”
No entanto, Jonas defende o trabalho do departamento médico do clube. “Essas críticas foram injustas. As pessoas “pegaram” muito forte com o departamento. Fiquei muito triste e foi por isso que, depois de voltar da lesão, citei muitas vezes o departamento médico. Foram fundamentais, deixaram-me tranquilo em relação às graves lesões”, afirmou.
O choque com Nuno Espírito Santo
Um dos episódios que marcou a época de Jonas foi o choque com o treinador do FC Porto, durante o clássico da Luz, que muita gente interpretou como tendo sido intencional e ligou esse incidente à saída do brasileiro do Valência CF, aquando da chegada de Nuno para treinador.
“Quando me apresentei no Valencia já sabia que não ia ficar no plantel. Quando cheguei, o Nuno já era o treinador. Chamou-me ao gabinete dele para me dizer que era uma decisão da direção, mas que eu ia treinar normalmente até ficar com o futuro decidido”, contou Jonas antes de falar sobre o choque com o treinador. “Acho que é normal estas coisas acontecerem no futebol Sabia que isso ia ter uma repercussão muito grande até pelo facto de muitos pensarem que foi por ele que não fiquei no Valencia. Não teve nada a ver. Falei com ele depois do jogo. Estava próximo do túnel, o Nuno chamou-me e disse-me: “Jonas, posso dar-te a mão?” Eu disse que sim, apertámos a mão e cada um foi para o seu balneário”.
Continuidade no Benfica
Tanto no final da primeira época de Jonas no Benfica, como na segunda, houve rumores de que o avançado poderia sair do clube, nomeadamente, para a China. Jonas admite que há propostas, mas diz estar muito feliz em Portugal. “Temos recebido algumas sondagens e propostas de clubes da China, mas a minha felicidade aqui resume tudo. Quando cheguei ao Benfica queria muito ficar bastante tempo no clube e marcar o meu nome na história, ganhando prémios coletivos e individuais e isso tenho conseguido. A felicidade não tem preço. Sou muito grato ao clube, amo este país e estou muito adaptado. A minha família pensa muito no bem-estar e como seria na China, onde a acultura é totalmente diferente. A minha felicidade, hoje, é aqui”, garantiu o jogador, ainda que lembre que nada é garantido. “Penso cumprir o contrato, que renovei por dois anos. Chegaria ao fim com 35 anos. Mas, no futebol não podemos dar as coisas como garantidas. Só sairia se aparecesse alguma coisa importante para o clube e para mim. É muito difícil deixar o Benfica nos próximos dois anos”, afirmou.