Portugal
João Alves assume coração ‘tricolor’ na eliminatória entre Estrela e Farense
2020-12-01 11:30:00
“Claro que vou torcer pelo Estrela da Amadora, como é óbvio. Não tem nada que saber”

Estrela da Amadora e Farense reeditam, na quinta-feira, a final da Taça de Portugal de há 30 anos, conquistada pelos lisboetas, sob o comando de João Alves, que não tem dúvidas em assumir o coração ‘tricolor’ nesta eliminatória.

“Claro que vou torcer pelo Estrela da Amadora, como é óbvio. Não tem nada que saber”, disparou o treinador quando questionado pela agência Lusa sobre se tinha uma preferência quanto ao vencedor do embate entre os dois ‘renascidos’ históricos do futebol português que, curiosamente, já ambos foram orientados pelo ‘luvas pretas’.

Tanto os lisboetas como os algarvios fizeram o ‘caminho das pedras’ depois dessa final, de 1989/90, e tiveram de reescrever a sua história, nos últimos anos, a partir dos campeonatos distritais, mas voltam agora a ter “a possibilidade de reviver momentos que ficaram para a eternidade”.

Na quinta-feira feira cruzam-se em posição inversa à da final de 27 de maio e finalíssima de 03 de junho de 1990, ou seja, desta vez são os algarvios que estão na I Liga e o conjunto da Amadora num escalão inferior (Campeonato de Portugal), mas João Alves não tem dúvidas que ambos os clubes voltarão brevemente a encontrar-se na divisão principal.

“Acredito, sim senhor! Acredito, até porque conheço as pessoas que estão à frente, sei que há capacidade tanto num lado como no outro. Neste momento, o Farense é um clube estável em termos económicos, onde se nota uma grande gestão, e o Estrela da Amadora exatamente a mesma coisa”, justificou o treinador.

João Alves fez questão de distinguir os dirigentes que lideram o emblema algarvio atualmente dos que marcaram a sua passagem por Faro, em 1999/2000, frisando que “neste momento tem gente com uma dignidade e uma estrutura totalmente diferentes”.

“Embora tenha treinado os dois clubes”, João Alves frisa que “foram situações muito diferentes”, recordando que levou o Estrela da Amadora às competições europeias e, dois anos depois, foi ‘resgatá-lo’ ao escalão secundário, antes de voltar pela última vez, em 2002/03, para voltar a conduzir o clube ao escalão principal.

“De maneira que é um clube que está muito ligado a mim, fui eu também que fiz a história do Estrela da Amadora na I Liga. A primeira época foi toda sob o meu comando e no ano a seguir ganhámos a Taça de Portugal. Portanto, é um clube que eu estou muito ligado e ele e ele a mim”, frisou.

O Estrela recebe na quinta-feira o Farense, na Reboleira, em encontro da terceira eliminatória da Taça de Portugal, pouco mais de 30 anos depois de os dois clubes se terem defrontado na final da competição, no Jamor.

Em 1990, os ‘tricolores’ conquistaram o troféu ao derrotar os algarvios por 2-0, na finalíssima disputada em 03 de junho, uma semana após o empate 1-1 na final frente ao clube que, então, militava no segundo escalão competitivo nacional.