Ljubomir Fejsa deixou o Benfica mas garante que não deixa de seguir o emblema encarnado e, embora a milhares de quilómetros de distância, tenta não perder 'pitada' da carreira benfiquista.
Atualmente ao serviço do Al-Ahli Jeddah, da Arábia Saudita, Ljubomir Fejsa diz que acompanha o Benfica sempre que consegue e a sua agenda o permite e para a Luz envia mensagens de incentivo para o que resta da temporada, na qual as águias tentam trepar na classificação aquilo que for possível e conquistar a Taça de Portugal na final agendada para o Estádio Cidade de Coimbra frente ao SC Braga, de Carlos Carvalhal.
Esta é a época que começou com elevadas esperanças e expectativas com Jorge Jesus de regresso ao Benfica e a prometer uma equipa a "jogar o triplo" e a "arrasar".
Embora nas últimas jornadas o clube da Luz vá somando vitórias, golos marcados e mantendo a baliza fechada, a verdade é que até aqui o caminho encarnado tem sido feito com muita instabilidade ao nível dos resultados e várias foram as competições que foram 'caindo' ao longo da época.
Apesar dos desaires, Fejsa mantém a confiança em Jorge Jesus intacta e para o atual treinador, com quem trabalhou na Luz, sobram elogios por parte do ex-camisola 5 do Benfica.
Aliás, Fejsa chega mesmo a lembrar a passagem de Jorge Jesus pelo Sporting mas está seguro de que o treinador nunca 'deixou' o Benfica.
"Certo, ele esteve no Sporting, mas sejamos honestos. Jorge Jesus foi sempre do Benfica", afirmou Fejsa, recordando que chegou ao Benfica e a Lisboa 'pela mão' de Jorge Jesus.
"Foi buscar-me ao Olympiacos e trabalhar com ele foi extraordinário", reconhece Fejsa, deixando elogios pela forma de trabalhar do treinador encarnado.
"É um treinador fantástico e com quem os jogadores jovens e até os treinadores jovens podem aprender".
Em declarações à Sábado, Fejsa lamenta que agora que Jorge Jesus regressou o sérvio já não faça parte dos quadros encarados. "Infelizmente, já não o apanhei desta vez", referiu.
O sérvio recorda ainda que lhe custou dizer adeus ao Benfica e não esconde que a saída da Luz foi feita em lágrimas a escorrer-lhe pelo rosto. "Na despedida, chorei todo o dia", lembra Fejsa, aproveitando para recordar alguns dos colegas que mais o marcaram enquanto envergou a águia ao peito.
"Luisão, Ederson, Oblak, Salvio, Gaitán, Garay, Nelsón Semedo, Pizzi... Mas para mim, o melhor foi o Jonas", destaca o centrocampista sérvio.
Fejsa chegou à Luz em 2013/14, proveniente dos gregos do Olympiacos, tendo se assumido como titular das águias após a saída do compatriota Nemanja Matic para o Chelsea, a meio dessa mesma temporada.
Depois de uma lesão grave num joelho, que o obrigou a uma paragem de quase um ano, o médio voltou a ser aposta firme dos treinadores do Benfica - sobretudo de Rui Vitória - apesar de ter sido muito fustigado por lesões durante a passagem pelas águias.
Nas sete temporadas em que esteve vinculado ao clube da Luz, Fejsa realizou 169 jogos e marcou dois golos, sendo que na altura de Bruno Lage, face à pouca utilização sob o comando do técnico, acabou por ser emprestado aos espanhóis do Alavés.
Pelo Benfica, conquistou cinco títulos de campeão nacional, duas taças de Portugal, três taças da Liga e três supertaças Cândido de Oliveira.
Fejsa estará para sempre ligado à história do Benfica já que é um dos jogadores que participaram nos quatro campeonatos que o Benfica conquistou de forma consecutiva, o inédito ‘tetra', entre 2013 e 2017.
