Após a vitória frente ao Benfica na Taça de Portugal, Pinto da Costa referiu, no museu do FC Porto, que esta dobradinha - a sétima enquanto presidente - foi a que lhe deu mais alegrias.

Em entrevista ao jornal O Jogo, Pinto da Costa destaca que o clube passou por muitas dificuldades devido à pandemia da covid-19 e que obrigou a um esforço redobrado por parte de toda a gente ligada ao FC Porto.

“Queríamos acabar a época na máxima força, como conseguimos. Portanto, ver que as nossas ideias tiveram sucesso deu-me, naturalmente, uma satisfação redobrada”, comentou o presidente portista.

A temporada do FC Porto ficou marcada pela derrota na final da Taça da Liga diante do SC Braga, momento que Pinto da Costa considera como “um ponto de viragem” da época.

O presidente recorda as palavras de Rui Santos, comentador da SIC, que indicou que o Benfica estava a mais no campeonato português e que os encarnados iriam dar “xeque-mate” no clássico frente ao FC Porto.

“Essas palavras, esse modo de encarar os profissionais do FC Porto foi importante, porque os fez reagir. É óbvio que quando toda a gente pensava que o campeonato estava perdido e quando aquele iluminado dizia tudo isso, sentimos que naquele momento tínhamos de estar todos juntos e virar a situação”, salientou.

O clássico terminou com uma vitória do FC Porto por 3-2, resultado que, segundo Pinto da Costa, “embalou” a equipa para a conquista da I Liga.

Como tal, Pinto da Costa reafirma que este campeonato lhe deu “muita satisfação” e relembra como o FC Porto estava a ser rotulado no meio da época.

“A meio da época já estavam a rotular a equipa de vulgaríssima, que ia levar o tal xeque-mate do Benfica e, afinal, o xeque-mate não foi o FC Porto que o sofreu, foi o FC Porto que o deu”, comentou.

Devido aos efeitos da pandemia e pelo curto espaço de tempo entre temporadas, a Supertaça Cândido de Oliveira não se irá realizar.

Apesar de achar “estranho” a não realização da competição, Pinto da Costa concorda com a decisão da Federação Portuguesa de Futebol e acrescenta que a realização do encontro “não seria justo para o Benfica”.

“Compreendo que, sendo o Benfica um dos intervenientes, não era justo. Tendo eles uma eliminatória da Liga dos Campeões, não era justo obrigá-los a jogar no meio dela. Não está em causa apenas o Benfica, está em causa o futebol português”, completou.