A arbitragem do Famalicão-Sporting, que os leões empataram, continua a dar muito que falar e o antigo jogador do Sporting, Fernando Mendes, diz que os árbitros passaram as marcas.

"Os árbitros perderam a vergonha. Isto são arbitragens de há 30 anos. Só mudaram os protagonistas. Chega disto. Chega", pede Fernando Mendes, notando que, agora que Frederico Varandas se queixou das arbitragens, as entidades que gerem as carreiras dos árbitros vieram a público defender os homens e mulheres do apito, coisa que não viu anteriormente quando foram outros presidentes a queixarem-se das arbitragens.

"Quando é o Sporting há queixas, manifestações. Só falta ir para a porta da Assembleia da República. Quando um presidente diz que este árbitro não pode apitar, fica afastado [o árbitro] três e quatro semanas", realça Fernando Mendes, criticando a posição das entidades de arbitragem do país.

"Não vi histerismo destes artistas, destas associações e conselhos de arbitragem", lamentou Fernando Mendes, muito crítico em relação à arbitragem do último Famalicão-Sporting.

"Como sportinguista, não quero que ajudem o Sporting. Quero que sejam isentos", pediu o ex-jogador verde e branco, salientando que a equipa de Rúben Amorim não sai isenta de culpa no jogo de Famalicão.

"O Sporting tem culpa em muitos erros mas eles têm também. Não prestam para nada. Isto é uma quadrilha. Fazem sempre para o mesmo lado", denunciou Fernando Mendes.

Além disso, o ex-jogador verde e branco nota que não é ao se anular um golo ao Sporting que se prejudica a equipa e explica que vê situaç~eos em que os árbitros tentam, em sua opinião, dificultar o conjunto leonino.

"Não é anular um golo. É a forma como condicionam um jogo. A forma como o sujeito condicionou o jogo do Sporting... estamos a brincar com isto? Agora estão aí a virgens ofendidas", lamentou Fernando Mendes na CMTV.

No final do encontro de Famalicão, recorde-se, o presidente do Sporting, Frederico Varandas, afirmou que o árbitro Luís Godinho validou o golo de Coates, que seria anulado por indicação do videoárbitro.

“O videoárbitro teve influência em momento capital. Este lance final de anular o golo ao Coates nunca seria anulado num dos rivais, Benfica ou FC Porto”, atirou o presidente leonino.

"Se for preciso, põe-se uma câmara microscópica, com uma ampliação de 64 vezes, para ver que há um toque no braço e há razão para anular. Repito, este golo jamais seria anulado aos nossos rivais. Jamais", protestou o dirigente.