Hugo Almeida está de regresso ao futebol português, pelas portas da Académica, mas a longa carreira que passou no estrangeiro faz com que tenha na 'bagagem' um repertório de histórias que podiam dar um filme. Em 2015, a estadia no Anzhi, a viver no Daguestão (região da Rússia) revelou-se bem mais complicada do que parecia ser à primeira vista.

"Assisti a cenas macabras: havia tiroteios diários nas ruas e presenciei atropelamentos estranhos. Vivíamos dentro do estádio. Era como se tivesse voltado aos meus 14 anos, quando morava no lar do FC Porto. Não saía dali. Para morrer que morressem os outros. Aguentei até janeiro, depois fui para o Hannover. Foi um ano dramático", confidenciou o avançado em entrevista ao jornal O Jogo.

Atualmente com 34 anos, Hugo Almeida referiu que caso verifique não está em condições no final da temporada, não irá permanecer na Académica, apesar do contrato de dois anos. "Se no final da época sentir que não estou a ser eu e que não consigo dar o máximo, falo com as pessoas e acabamos. Há um contrato específico no papel, mas se não der... cada um seguirá o seu caminho."

Hugo Almeida reconheceu ainda que embora tenha sempre o FC Porto no coração, não saiu do clube feliz, nem porque queria, em 2006. "Não saí no momento certo, nem saí feliz. Não saí porque eu queria. Foi uma surpresa. Nem tudo é como nós queremos. Uma boa parte do que eu sou devo-o ao FC Porto. Vai ficar para sempre no coração."