Portugal
"Havia gente naquela Assembleia Geral que não era sócia do FC Porto"
2023-11-16 10:40:00
"Quem comete aqueles atos de vandalismo não pode ser sócio do FC Porto, não acredito", diz ex-candidato Nuno Lobo

Depois de uma "quase benfiquização do FC Porto", na sequência dos atos violentos que marcaram a Assembleia Geral Extraordinária do FC Porto, outra voz do universo portista vem a público falar dos acontecimentos e admitir que quem protagonizou os confrontos físicos e verbais na reunião entre associados do clube azul e branco terá sido gente que "não era sócia" do emblema nortenho.

"Tenho ideia de que havia gente naquela Assembleia Geral Extraordinária que não era sócia do FC Porto", afirmou o antigo candidato à presidência dos dragões Nuno Lobo, desconfiando que quem o terá feito, não tem ligação associativa ao emblema da cidade do Porto.

"Porque quem comete aqueles atos de vandalismo não pode ser sócio do FC Porto, não acredito", afiançou o ex-candidato, que concorreu em 2020 contra Pinto da Costa e José Fernando Rio.

O ex-candidato portista Nuno Lobo falava ao jornal Record e destacou que, se a Direção liderada por Pinto da Costa voltar a submeter, nos mesmos termos, as propostas de revisão de estatutos, acabará por ser alvo de um "não" por parte dos sócios do clube azul e branco.

A realização da nova Assembleia Geral do FC Porto está agendada para o dia 20 de novembro de 2023, ainda que, nas últimas horas, tenham aparecido relatos na imprensa de que a Assembleia Geral Extraordinária poderá, afinal, não se realizar e ficar sem efeito estas revisões previstas.

Assembleia Geral transferida para o Dragão Arena

No dia 13 de novembro, os sócios do FC Porto foram convocados para uma Assembleia Geral Extraordinária num auditório do Estádio do Dragões. Contudo, um grande número de associados marcou presença, obrigando a organização a transferir a reunião de sócios para o Dragão Arena.

E foi já no pavilhão do FC Porto que se assistiu a um dos dias "mais negros da história do FC Porto", no dizer de André Villas-Boas, antigo treinador e apontado como possível candidato à presidência do FC Porto.

Ministério Público quer apurar o que se passou no Dragão Arena

De resto, André Villas-Boas, mais tarde, lamentou que essa Assembleia Geral tenha ficado sob controlo de uma "guarda pretoriana" que estava a realizar "agressões" enquanto que os "órgãos sociais assistiam impávidos e serenos".

Na sequência dos atos de violência no interior do pavilhão do FC Porto, o próprio Ministério Público já prometeu investigar os confrontos físicos e verbais que ocorreram dentro das instalações do clube portista que vai caminhando para eleições em 2024.