Portugal
"Há incidências nas provas internas que nos deixam irritados", diz Conceição
2021-02-17 23:15:00
Treinador do FC Porto volta a deixar reparos à arbitragem nas competições em Portugal

Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, aproveitou a conferência de imprensa após a partida com a Juventus (2-1), para a primeira mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões, para deixar uma crítica às arbitragens em Portugal.

"Há incidências de jogo que nos deixam mais irritados ou injustiçados, como foi o caso de dois ou três jogos das competições internas. Nós sentimos isso", afirmou o técnico, quando falava sobre a importância do trabalho emocional.

Sobre esse trabalho emocional, o técnico portista avançou com o exemplo de Zaidu: "Há dois anos estava no Mirandela e hoje está 'um homem’ a disputar a Liga dos Campeões contra a Juventus".

Antes de apontar o dedo à arbitragem, Sérgio Conceição já tinha deixado um recado para o próprio plantel, depois da 'dura' que deu logo após o empate com o Boavista.

"Um clube com a história do FC Porto não pode mudar de comportamento, tem de ser sempre no máximo, no limite. É esse trabalho que por vezes é difícil para os treinadores, manter esta gente sempre em ‘red line’. É humano. Também fui jogador e lutava muito contra isso. Um jogador competitivo é sempre competitivo, não é consoante o mediatismo dos jogos", afirmou.

Logo de seguida, o treinador 'baixou a pressão', lembrando que a equipa tinha feito "cinco jogos em 15 dias". "Os jogadores não são máquinas. Cabe a mim mantê-los sempre num nível mental alto e fazê-los perceber que a nossa Champions é o campeonato", acrescentou.

Sobre a partida com a Juventus, Sérgio Conceição admitiu que o golo marcado pelos italianos resultou de "algum cansaço" da formação azul e branca.

"Fomos tão rigorosos até esse momento, há que dar mérito ao adversário. Jogámos contra uma equipa de altíssimo nível, das mais caras do mundo, muito difícil de anular. Nos pontos fortes da Juventus, [o trabalho do FC Porto] roçou a perfeição", salientou.

"Não estamos super felizes, estamos contentes, mas ainda faltam 90 minutos que vão ser muito difíceis. Não festejamos vitórias, festejamos uma qualificação se ela acontecer", concluiu o treinador do FC Porto.