Presidente do Nacional fala no “lóbi para que não se jogue”
Rui Alves, presidente do Nacional, mostra-se indiferente às críticas feitas ao emblema madeirense por ter regressado aos treinos em tempo de estado de emergência.
“O mundo não se desenvolveu, não evoluiu com os carneiros desta vida. O nosso pastor é a lei”, revela o líder dos insulares, que acusa mesmo alguns clubes de “não quererem que os campeonatos recomecem e estão a fazer lóbi para que não se jogue”.
“Pensam, apenas e só, nos seus interesses, têm medo do que pode acontecer, nomeadamente descer de divisão. Alguns só querem impedir as descidas”, revela, em entrevista ao ‘Record’.
Rui Alves lembra ainda que os jogadores do Nacional não têm em suas casas as condições perfeitas para treinarem.
“Os nossos jogadores não vivem em vivendas, não têm as casas que outros futebolistas têm para treinar.”
O Nacional, equipa da II Liga portuguesa de futebol, regressou aos treinos, na segunda-feira, na Choupana, sendo a primeira equipa portuguesa a fazê-lo, após a suspensão das competições face à pandemia originada pela Covid-19.
Rui Alves recusa a ideia de que esteja a colocar em perigo os jogadores.
“Há vários interesses laterais em torno de tudo isto, mas nós preocupamo-nos com o bem-estar dos nossos jogadores”, explicou o dirigente dos insulares.
Rui Alves salienta ainda que “o decreto do estado de emergência não foi feito de ânimo leve” e as decisões no clube “também não o foram”.
Os treinos, muito condicionados e individualizados, com um jogador em cada meio campo, de hora a hora, consiste em corrida e alguns exercícios com bola e são orientados por um elemento da equipa técnica com máscara.
O Nacional ocupa o primeiro lugar da II Liga, com 50 pontos, mais dois do que o Farense, segundo classificado, numa altura em que a prova se encontra suspensa, devido à pandemia da Covid-19, após 24 jornadas.