O Final Cut estreia esta segunda-feira, pelas 21h30, o primeiro episódio da sua 3ª temporada e Domingos Castro, é o convidado de honra.
Numa conversa transversal ao passado, presente e futuro, o ex-atleta de elite fala das razões que o levaram a candidatar-se à presidência da Federação de Atletismo, onde quer fazer “um trabalho muito forte para que o atletismo volte a ter o protagonismo do passado”.
Durante a entrevista emocionou-se a falar do prof. Moniz Pereira, revelou como viveu a festa do título conquistado pelo Sporting há pouco mais de uma semana e não esconde que “Gyokeres e Hjulmand são as duas figuras fundamentais da equipa”, à imagem do foi a dupla dos gémeos Castro no passado, mas noutra área. E ainda tempo para um pedido: “Que o Rúben Amorim continue no Sporting”.
Domingos Castro foi atleta de elite durante mais de 20 anos, representou Portugal nos Jogos Olímpicos em quatro ocasiões, foi vice-campeão do Mundo nos 5 mil metros, vice-campeão da Europa de corta-mato, campeão nacional e europeu em diversas modalidades, venceu maratonas e ainda é dele o recorde nacional nos 20 e 25 km.
Agora, com 60 anos, entende que chegou o momento de “retribuir” tudo o que o atletismo lhe deu e por isso se candidata à presidência da Federação Portuguesa de Atletismo.
Este é ponto de partida para a conversa com Domingos Castro no Final Cut, que nesta segunda-feira, dia 13 de maio, estreia o primeiro episódio da terceira série deste podcast. Numa conversa que começa pelo presente, mas que aborda as histórias do passado, da infância, perspetiva o futuro.
“Domingos e Dionísio deste plantel do Sporting? São o sueco e o dinamarquês, são duas figuras fundamentais na equipa. Mas há sempre o dedo do treinador, porque o Rúben coloca esta gente a jogar como ninguém”, reflete o antigo atleta, sportinguista de coração.
"Rúben Amorim é um treinador fantástico"
"Estivemos a celebrar em minha casa até às 3 da manhã”, recorda, por entre elogios a Rúben Amorim. “É um treinador fantástico, realmente fantástico. Só fiquei mesmo um bocadinho assustado com aquela viagem a Londres. Mas ele já explicou e conseguiu dar a volta. E até vou fazer aqui um apelo, que o Rúben Amorim continue no Sporting.”
Domingos Castro ainda hoje se emociona a sério quando fala sobre o professor Moniz Pereira. “Não teve só importância na nossa carreira, ele transformou a nossa vida, em tudo. Fez de nós homens, pais de família, empresários, devemos tudo a ele. Se não fosse o prof. Moniz Pereira não teríamos chegado onde chegamos na nossa vida. Grato a este homem e à sua família para sempre”, recordando com emoção a última vez que esteve com ele.
E é, também, para honrar a memória de Moniz Pereira e de tudo o que fez pelo atletismo, que Domingos Castro aceitou liderar o ‘Movimento de mudança’ na Federação de Atletismo.
“Temos de fazer um trabalho muito forte para que o atletismo volte a ter o protagonismo que já teve no passado. O cartão de visita do atletismo português sempre foram atletas como o Carlos Lopes, Mamede, os irmãos Castro, a Rosa Mota, atletas que vieram do meio-fundo e fundo, do corta-mato… e hoje isso praticamente desapareceu, temos de voltar a esses tempos.”