Se na última época Roger Schmidt encantou a plateia da Luz e era elogiado por comentadores, a verdade é que o Benfica versão de 2023/2024 não tem colhido tantos elogios. O técnico germânico tem feito algumas mudanças na abordagem aos jogos e tem apostado em jogadores adaptados a algumas posições.
Por exemplo, João Neves já jogou nas laterais da defesa num modelo com três centrais, tal como Ausrnes que tem sido lateral do direito, do lado esquerdo e até médio, mas não tem jogado do lado esquerdo do ataque como fez na última época com o sucesso que se conhece.
Carlos Freitas fala de Guardiola e Roger Schmidt sobre adaptações
O norueguês chegou a ser considerado como um dos melhores do campeonato nessa zona, ajudando o Benfica a ser campeão e a ir longe na Champions League.
Contudo, ao longo desta temporada, as apostas de Roger Schmidt têm sido questionadas e Carlos Freitas, antigo diretor geral do Sporting, do SC Braga ou da Fiorentina, entre outros clubes, diz que quando adaptações são feitas por Guardiola os analistas dizem que são coisas "geniais" e de alguém que "vê muito à frente dos outros".
“Eu oiço, vejo e leio intervenções do Guardiola, com jogadores diferentes mas com o mesmo processo de jogo para jogo que são adjetivados como momentos geniais de alguém que vê muito à frente dos outros, e com um adjetivo completamente diferente quando o Schmidt faz exatamente o mesmo", afirmou Carlos Freitas.
Em declarações no Canal 11, o ex-dirigente disse que é preciso avaliar as coisas em toda a sua dimensão, sob pena de algo não estar, no seu ver, a ser pautado pela coerência.
"Isso é que me parece incongruente”, salientou Carlos Freitas, compreendendo que a tarefa de Roger Schmidt não é simples face aos jogadores que tem. E à sua dimensão no mundo do futebol.
“Há jogadores que pelo seu estatuto, pelo seu passado, pelo seu peso interno, não são de fácil decisão dizer ‘hoje estás fora’. Isso vai ter um peso grande em tudo que anda à volta”, observou ainda Carlos Freitas.
Assim e face ao contexto do Benfica de 2023/2024, Carlos Freitas entende que Roger Schmidt só escapará de críticas se golear em todos os encontros. “Ele só tem uma saída boa em cada jogo que é ganhar por 4-0, porque se ganhar por 2-1 corre o risco de ser contestado”, concluiu Carlos Freitas em defesa de um treinador que está com um "discurso podre" e vive num ambiente "de Barbie" com tudo "cor de rosa".