Portugal
“Governo é um dos grandes contribuintes para a emigração dos jogadores”
2021-07-23 22:45:00
Pinto da Costa critica a elevada carga fiscal que impede os clubes de “segurar jogadores como Hulk, Falcao e James"

Ao recordar o “plantel fabuloso” de 2011, ano em que o FC Porto conquistou Liga Europa, campeonato, Taça de Portugal e Supertaça Cândido de Oliveira, Pinto da Costa denunciou a alta carga fiscal que impede os clubes de segurar jogadores da craveira de Hulk, Falcao e James Rodríguez, entre outros.

“O Governo português é um dos grandes contribuintes para a emigração dos jogadores de futebol, porque os clubes têm grande dificuldade em segurar esses jogadores. Quando chegam jogadores como Hulk, Falcao e James fica inevitável que tenham de sair, porque há clubes com outras potencialidades e países em que a carga fiscal é muito menor do que a nossa”, afirmou Pinto da Costa, no episódio de hoje da série ‘Ironias do Destino’.

O dirigente realçou que, devido às várias contribuições para o Estado, um jogador recebe menos de metade do que o total que o clube tem de pagar: “Hoje toda a gente sabe que nos contratos é tudo ‘net’, é palavra que os jogadores aprendem logo. Quem tem de pagar impostos é o clube. Em Portugal, se um jogador ganha 100 o clube tem de pagar 220, quando há clubes [noutros países] que pagam 140”.

O comentário foi feito quando Pinto da Costa recordava a “época de sonho” de 2011, ano em que nas fileiras do FC Porto atuaram jogadores como Hulk, Falcao e James Rodrígues, que acabaram por ficar pouco tempo ao serviço do clube.

“Há que fazer outros, há que estar atento ao mercado e refazer equipas, como a que temos agora. Uribe, Luis Díaz e Corona são jogadores que vieram depois dessa geração e que hoje estão no top. A seguir a estes virão outros”, concluiu Pinto da Costa, num episódio quase todo dedicado à rivalidade com o Benfica.