O treinador Nuno Capucho recusou hoje confirmar quantos casos de covid-19 assolam o plantel do Sporting da Covilhã, da II Liga portuguesa de futebol, mas deixou críticas à Liga por ter se jogar nestas condições.
“Não vou dizer se são seis ou sete. Quando uma equipa faz o teste um ou dois dias antes do jogo e recebe a notícia às 01:30 da manhã de sábado... Preparámos a equipa de uma maneira e tivemos de vir jogar à Amoreira de forma diferente”, afirmou o técnico dos ‘serranos, após o 0-0 no reduto do líder Estoril Praia.
Na conferência de imprensa após a partida da 16.ª jornada da II Liga, disputada no Estádio António Coimbra da Mota, no Estoril, o ex-internacional luso sublinhou que esses elementos têm agora de ficar “10 dias” de fora.
Com apenas 13 jogadores disponíveis para a ficha de jogo, face aos 20 do adversário, Nuno Capucho deixou um ataque à Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) por permitir a realização de encontros nestas condições, adiantando que terá sido o organismo presidido por Pedro Proença a não autorizar o adiamento “por causa da transmissão televisiva” na SportTV.
“Gostava que a Liga repensasse a situação. A constituição dos planteis não é a mesma para todos os clubes. Isto sujeita a minha equipa a ter mais problemas físicos”, vincou, sem deixar de lançar uma questão à Liga: “É isto que os responsáveis das Ligas querem? Gostava de ver agora na ‘final four’ da Taça da Liga uma equipa ‘grande’ com 11 jogadores contra 20. As equipas têm de ter igualdade”.
Quanto ao jogo em si, Nuno Capucho enfatizou o mérito dos seus jogadores no embate “contra a melhor equipa da II Liga”, destacando o “trabalho muito aceitável” da organização defensiva.
“O Estoril teve a iniciativa quase toda do jogo, mas a minha equipa superou-se. Quando estamos numa situação difícil, a equipa supera-se e é solidária. Estou satisfeito com a atitude competitiva da minha equipa”, sentenciou.