O futebol é momento e Gonçalo Ramos atravessa nesta temporada o melhor momento da carreira, pois tem sido figura no ataque do Benfica e é também agora figura do ataque da Seleção Nacional. O avançado revela-se em grandes forma e vários são os clubes atentos às exibições do algarvio.
Paulo Sousa - treinador e antigo internacional português, que teve uma carreira de excelência a nível de clubes e pertenceu à chamada 'geração de ouro' do futebol nacional, como ficaram conhecidos jogadores como Paulo Sousa, Luís Figo, Rui Costa e Vítor Baía, entre outros - diz que é preciso perceber o contexto em que Gonçalo Ramos se insere.
Para Paulo Sousa nota-se que Gonçalo Ramos tem capacidades para se exibir ao mais alto patamar, até porque tem nesta fase da carreira mostrado qualidades que outras figuras da posição no futebol mundial com a sua idade não mostravam.
"Eu recordo-me que o [Robert] Lewandowski antes de chegar a Dortmund e ser titular em Dortmund, quando começamos a ouvir [falar de] Robert Lewandowski, nem titular era no Lech Poznań. Tudo tem os seus momentos", disse Paulo Sousa.
Em declarações na RTP, o antigo internacional português diz que não está admirado com a performance que Gonçalo Ramos tem revelado no Campeonato do Mundo.
"No meu primeiro programa aqui eu disse que [Gonçalo Ramos] é um jogador que tem golo. Pode ser tipo um 'killer'. Pode ser porque ele tem instinto", analisou o antigo centrocampista português.
Ainda assim, Paulo Sousa, que também já foi selecionador da Polónia, onde treinou Lewandowski, diz que Gonçalo Ramos ainda pode refinar algumas das suas características.
"Pode melhorar a tomada de decisão ou a frieza, a execução técnica para acrescentar ainda mais às suas características? Pode, até pela sua idade. Estamos a falar de um jogador que tem vindo a ser utilizado nesta época", concluiu o antigo jogador de Benfica, Sporting, Juventus e Borussia Dortmund, entre outros emblemas, sobre Gonçalo Ramos que tem merecido vários elogios nos últimos dias.
O avançado de 21 anos saltou para as 'bocas do mundo' com a exibição diante da Suíça e pelos golos que apontou, sobretudo porque carregava nos ombros o peso de render Cristiano Ronaldo, que foi relegado para o banco dos suplentes pelo selecionador nacional português Fernando Santos. Ainda assim, Gonçalo Ramos brilhou com a camisola da turma das quinas e apontou três golos num torneio com a dimensão e mediatismo como é o Mundial.