O Gil Vicente regressou hoje aos triunfos na I Liga portuguesa de futebol, ao aproveitar a superioridade na primeira parte para derrotar o Vitória de Guimarães por 4-2, em partida da 23.ª jornada.
A formação de Barcelos respondeu às derrotas anteriores, frente a Tondela (1-0) e FC Porto (2-0), com uma primeira parte dinâmica e agressiva, a forçar sucessivos erros defensivos do adversário, incluindo a expulsão de Abdul Mumin, aos 15 minutos, e chegou ao intervalo a vencer.
Depois de uma segunda parte em que aguentaram a reação vimaranense, respondendo ao segundo golo vitoriano com o quarto tento logo depois, os ‘galos' asseguraram um triunfo que lhes permite deixar a zona de despromoção e ascender ao 13.º lugar, com 22 pontos.
Já a equipa de Guimarães, após a segunda derrota seguida, mantém o sexto lugar, com 35 pontos, mas com o Santa Clara, sétimo, agora a quatro pontos de distância.
A superioridade gilista começou a desenhar-se desde o primeiro minuto, com o trio atacante, formado por Lourency, Kanya Fujimoto e Pedro Marques, a pressionar junto à área contrária e a incomodar os defesas vitorianos, sempre intranquilos com a bola nos pés.
O Gil Vicente ameaçou o golo logo ao minuto três, quando Pedro Marques, isolado, rematou contra Bruno Varela, voltou a levar perigo à baliza em remates dos extremos - Kanya Fujimoto (seis) e Lourency (oito) - e ficou numa situação favorável ao minuto 15, quando Abdul Mumin viu o vermelho direto após perder a bola e derrubar Lucas Mineiro, quando o médio brasileiro se isolava.
A equipa de Ricardo Soares manteve a dinâmica ofensiva, a defesa vimaranense continuou a errar, com várias perdas de bola no seu meio-campo, e o golo surgiu naturalmente: Fujimoto ultrapassou Gideon Mensah na direita e, com um passe rasteiro, assistiu Pedro Marques para um desvio fácil na pequena área, aos 19.
Em vantagem, a turma de Barcelos continuou a circular a bola no meio-campo vitoriano, perante um adversário cada mais desorientado, e dilatou a vantagem aos 26, por Lourency, que aproveitou a passividade de Pepelu e de Jorge Fernandes, para se isolar e bater Bruno Varela.
A perder por dois golos, os anfitriões reagiram, mas quase sempre de forma desinspirada, a não ser quando a bola chegava aos pés de Rochinha, um ‘oásis' no ‘deserto' vitoriano da primeira parte, que ‘inventou' o 2-1: o extremo ultrapassou cinco adversários desde o meio-campo e bateu Denis com um remate rasteiro.
O golo poderia ser um tónico para a equipa da casa perseguir o empate ainda com mais ímpeto, mas um penálti de Zié Ouattara sobre Talocha, que converteu o castigo máximo, ao minuto 45+3, repôs a vantagem de dois golos antes do intervalo.
O treinador João Henriques colocou Mikel Agu e Rúben Lameiras nos lugares de Gideon Mensah e de Quaresma após o intervalo e, mesmo em inferioridade numérica, o Vitória melhorou, revelando-se mais ‘acutilante' e perigoso, mas bastante ineficaz na hora de atacar a baliza de Denis.
Perante um Gil Vicente a errar mais na decisão, sobretudo no ataque, os vitorianos encurtaram mesmo a desvantagem, com um golo de Rúben Lameiras a passe de Rochinha, aos 78 minutos, mas sofreram o quarto golo dois minutos volvidos, num cabeceamento de Lucas Mineiro, após canto.
A equipa da ‘cidade berço' continuou a insistir no ataque, ganhou um penálti, após falta de Denis sobre o recém-entrado Marcus Edwards, mas André André viu o guardião brasileiro negar-lhe o golo na conversão, acabando com as esperanças vimaranenses em pontuar.