O SC Braga venceu o FC Felgueiras 1932 com esforço e uma bomba de Dyego Sousa já nos minutos finais. Um golo que veio desbloquear um jogo que foi muito complicado para a equipa bracarense que segue em frente na Taça da Portugal. Frente a um adversário superior ao SC Braga em muitos momentos da partida, e que sonhou até aos 86 minutos, a entrada do avançado brasileiro acabou por ser determinante. Descontente com o que estava a ver, Abel Ferreira lançou Dyego Sousa aos 58' e o melhor artilheiro do campeonato português revolucionou o jogo do Braga. Juntando-se a Paulinho no eixo do ataque, os dois criaram muito mais problemas à defesa do Felgueiras e, não por acaso, o golo acaba por nascer de uma sociedade entre os dois.

Para o Felgueiras foi como um murro no estômago aquilo que lhe aconteceu, o ver ali esfumar-se a hipótese de, pelo menos, obrigar o adversário a prolongamento. Para trás, porém, tinha ficado uma excelente prestação da formação orientada por Ricardo Sousa. Uma equipa que mostrou como defender pode ser uma arte e que na altura certa acionou o contra-ataque obrigando o SC Braga a ficar sempre em alerta.

A equipa de Ricardo Sousa conseguiu condicionar o jogo do Braga, cortando linhas de passe e fechando bem os espaços juntos à área. À exceção de um lance aos cinco minutos em que Fábio Martins ameaçou fazer golo - o SC Braga entrou forte à procura de marcar cedo - o Felgueiras em toda a primeira parte controlou a partida, fruto de uma organização defensiva em que conseguia antecipar os lances do adversário. Mesmo que poucas vezes tocando na bola, o Felgueiras anulava as ações do Braga através de uma movimentação coletiva da equipa em que fechava todos os caminhos à baliza de Diego. Bonito de se ver. E quando tinha a bola, procurava controlar em posse.

Na segunda parte, o Felgueiras surgiu audaz, atrevido, a querer chegar ao golo e criou mesmo uma boa chance de golo por Tojó, aos 55 minutos, mas Marafona em cima da linha de baliza opôs-se com valentia. Abel Ferreira estava descontente com o que via e recorreu ao banco para tentar resolver o problema que tinha pela frente. Do banco, de uma só vez, saíram Dyego Sousa e Claudemir, Ricardo Horta um pouco mais tarde, e a verdade é que o jogo do SC Braga mudou para melhor. Mais agressividade na construção ofensiva, mais capacidade de criar ocasiões de golo. Mesmo assim, o Felgueiras não se intimidou e continuou a correr atrás do sonho sem acusar o desgaste físico que um jogo intenso como foi este poderia provocar numa equipa do Campeonato de Portugal. Até que surgiu o momento do jogo, com um golaço de Dyego Sousa a resolver uma eliminatória de muito sofrimento para a equipa de Abel Ferreira. Um momento inspirador do avançado brasileiro que só atesta o bom momento de forma que atravessa.