Portugal
Fernando Viana (Botev Plovdiv): "Não acredito que o Marítimo seja favorito"
2017-07-25 18:40:00
Jogador da equipa búlgara falou com o Bancada sobre a partida desta quinta-feira, para a Liga Europa

O Marítimo entra oficialmente em ação já esta quinta-feira, defrontando o Botev Plovdiv na primeira mão da terceira pré-eliminatória de qualificação para a fase de grupos da Liga Europa. A equipa búlgara é a primeira a jogar em casa e no respetivo balneário há quem não considere que serão 'favas contadas' para os madeirenses. "Não acredito que o Marítimo seja favorito", admitiu Fernando Viana, futebolista do Botev, ao Bancada. Ainda assim, o jogador que no último fim-de-semana bisou na vitória (3-2) sobre o Slavia Sófia.

"O futebol é muito imprevisível e nós temos uma grande equipa. Mas o Marítimo é um clube de que se ouve falar muito, é uma das potências de Portugal, então posso dizer que vai ser um jogo muito difícil. Temos de nos preparar para encarar esse jogo como uma final", assegurou o avançado brasileiro, que conhece pouco do Marítimo mas lembra-se de alguns dos brasileiros dos verde-rubros.

"Nós vamos ter hoje [terça-feira] o primeiro contacto com a equipa do Marítimo. Jogámos no domingo, para o campeonato, e ontem tivemos apenas um treino de recuperação, então hoje começa o nosso estudo sobre o Marítimo. Mas já sabemos que têm muitos jogadores brasileiros, e conheço alguns de nomes. Conhecia o Patrick [Vieira], o lateral que saiu [para o Vitória de Setúbal], e já joguei contra o Éber Bessa", revelou. Éber Bessa é mesmo um dos jogadores em destaque nos insulares, tendo sido, juntamente com Rodrigo Pinho, o goleador máximo da pré-temporada ao marcar por três vezes.

O Botev, que garantiu uma vaga na Liga Europa depois de ter conquistado a Taça da Bulgária, chegou a esta ronda depois de ter eliminado o Partizani Tirana, da Albânia, e o Beitar Jerusalém, de Israel. Em Jerusalém, o resultado final foi um empate a uma bola. Fernando Viana, ainda assim, só participou na segunda mão da disputa com os israelitas, mas a sua preponderância foi imediata. Marcou um dos golos na goleada por 4-0 - que pode ver no vídeo abaixo - e explicou porque é que os dois encontros foram tão diferentes.

"Não participei no jogo em Israel porque estava a resolver alguns problemas particulares, mas acompanhei pela televisão e acredito que nós soubemos aproveitar melhor as oportunidades. O Beitar, talvez devido à pressão de jogar em casa, não conseguiu aproveitar as oportunidades que teve. E aqui, na Bulgária, aproveitámos o fator de jogar com os adeptos a nosso favor e tivemos um jogo muito forte. Essa foi a grande diferença. Também tivemos alguns jogadores, eu incluído, que não tinham jogado em Israel e ficaram disponíveis para o segundo jogo", disse-nos.

Esse vai mesmo ser um dos fatores que terão de merecer atenção por parte do Marítimo. De acordo com Fernando Viana, a claque do Botev Plovdiv terá como missão pressionar os jogadores de Daniel Ramos. Ainda assim, Viana relembrou também que o Marítimo, nos Barreiros, é uma equipa de grande valia, pelo que é importante para os búlgaros conseguirem um resultado benéfico em Plovdiv.

"Os adeptos do Botev vão estar muito empolgados, vão trazer uma pressão para a equipa do Marítimo e nós estaremos muito preparados. Mas cada jogo é um jogo, não podemos dizer que o Marítimo vai sofrer. A nossa intenção é colocar muita pressão neles e conseguir um bom resultado em casa porque sabemos que o Marítimo também é forte no seu estádio, pelo que precisamos de um resultado que nos deixe mais confortável para o segundo jogo", considerou.

Outra condição que poderá ser relevante para o decorrer dos dois jogos entre Marítimo e Plovdev, segundo Fernando Viana, será a preparação mais avançada que os amarelos e pretos têm em relação ao clube da Madeira. O Marítimo terá a sua estreia oficial, enquanto o Botev já tem nas pernas seis partidas: duas para o campeonato (uma vitória e uma derrota) e quatro para a Liga Europa (três vitórias e um empate).

"Isso pode ser uma vantagem para o Botev. Acredito também que o Marítimo tenha vindo a fazer alguns jogos de preparação, mas o clima de um jogo oficial é sempre diferente. O desgaste é maior, a concentração... Nós estamos, neste caso, na frente. Se soubermos aproveitar, pode ser um fator importante. Quanto mais ritmo pudermos colocar no jogo, acho que a equipa do Marítimo pode ter um maior desgaste físico e daí podemos tirar algum proveito", concluiu Fernando Viana ao Bancada.