Ricardo Soares, treinador do Gil Vicente, lamentou a derrota frente ao FC Porto por 2-0, em partida da 22.ª jornada do campeonato.
"Foi claramente o golo do FC Porto [que explicou a primeira parte do Gil Vicente]. Alterou-nos claramente a estratégia e criou-nos intranquilidade. A equipa demorou a entrar no jogo. O FC Porto entrou muito forte e vinha com o orgulho muito ferido. A qualidade do FC Porto foi determinante. Circulou a bola muito rapidamente e tivemos dificuldades em cobrir a bola. Com a qualidade dos seus jogadores na tomada de decisão, criou-nos muita instabilidade. Só aos 25 ou 30 minutos conseguimos equilibrar o jogo, mas sem criar perigo."
Aos jornalistas, Ricardo Soares explicou que tentou mexer na dinâmica para o segundo tempo, na tentativa de levar qualquer coisa do encontro.
"Na segunda parte, alterámos o plano de jogo trabalhado durante a semana. Quisemos pôr em prática um ‘plano B'. O FC Porto deixou de ter tanta bola. Marcou um grande golo pelo Sérgio Oliveira, mas não teve grandes oportunidades. Nós criámos uma, do Pedro [Marques], e tivemos um remate do Lucas [Mineiro], mas é manifestamente pouco para quem foi à procura do resultado. Aquele segundo golo colocou a minha equipa animicamente fraca. Mas há que salientar que a minha equipa não perdeu o equilíbrio. Não foi forte o suficiente para reentrar no jogo, mas manteve-se serena. A vitória do FC Porto foi justa. Foi melhor. A nossa ‘guerra' [na I Liga] é outra."
Ricardo Soares lembrou ainda o poderio do adversário. "O FC Porto é uma equipa muito pressionante, que reage rapidamente à perda de bola e joga com imensa vertigem assim que a ganha. Preparámos a equipa para juntar as linhas e impedir o jogo interior. O controlo de profundidade não foi assim tão eficaz, não pela má organização da minha equipa, mas pela velocidade do FC Porto. O FC Porto teve situações para fazer o 2-0 na primeira parte. Na segunda parte, retirámos a bola ao FC Porto, mas deveríamos tê-lo feito mais cedo."