O presidente do Farense, João Barão Rodrigues, considerou “inaceitável e vergonhoso” que a equipa tenha acabado o jogo com o Estrela da Amadora “reduzido a sete jogadores de campo”.

Afirmando que foi opinião “quase unânime” de que o Farense “foi altamente prejudicado por ‘terceiros’” na temporada passada, “contribuindo isso decisivamente para a nossa ‘queda’ no segundo escalão”, o presidente salientou que “pouco parece ter mudado na forma como a equipa está a ser tratada”.

“Na Amadora, perante o promovido Estrela, o Farense perdeu e acabou o jogo reduzido a sete jogadores de campo, duramente castigado com três ‘vermelhos’ e seis ‘amarelos’. Para quem não viu a partida, tal até poderia sugerir que houve em campo uma batalha campal, por nossa iniciativa, mas o que é certo é que no fim fomos nós que ficámos fortemente condicionados. No jogo e para o futuro imediato no campeonato”, sustentou o dirigente, num comunicado publicado nas contas do clube nas redes sociais.

“Ou seja, é um facto reconhecido – de forma imparcial - que o Farense foi altamente lesado no passado recente e, infelizmente, constatamos que o mesmo continua a acontecer”, continuou, classificando este panorama como “vergonhoso e inaceitável”. 

“Perante isto, não há que ter meias palavras. E as perguntas impõem-se. Há algo contra o Farense? Quem incomodamos?”, questionou.

“Bem sabemos que gerir a arbitragem no futebol português transformou-se num ato hercúleo, acreditamos que o Conselho de Arbitragem fará o melhor possível dentro das limitações, mas não podemos aceitar que os erros sejam frequentemente contra o Farense. Pelo que se vê, época após época”, prosseguiu João Barão Rodrigues.

“Para que fique bem claro também. Não pretendemos ser beneficiados, obviamente, mas queremos ser respeitados. As instituições do futebol e desportivas em Portugal, e quem as tutela, têm de refletir e tomar posição sobre este repetido - e já vergonhoso – prejuizo a um histórico e centenário emblema do futebol luso, o Sporting Clube Farense, cujo palmarés fala por si”, concluiu.