Bruno Costa Carvalho, ex-candidato à presidência do Benfica e um opositor de Luís Filipe Vieira, reagiu às buscas que a Polícia Judiciária está a fazer no Estádio da Luz, nesta segunda-feira, considerando que essas diligências se tratam de "um ritual" que "já roça o ridículo.

Não obstante se manifestar um defensor da transparência no clube da Luz (sendo essa, aliás, uma das bandeiras do projeto que apresentou para as eleições), Costa Carvalho entende que existem outras motivações, que estão para além da busca pela verdade.

"Este ritual de buscas da PJ ao Benfica já roça o ridículo. Eu sou 100 por cento pela transparência e pela honorabilidade do meu clube, mas estas buscas que se fazem há anos parecem ter outras motivações e já cheiram mal", reagiu, num comentário nas redes sociais.

Bruno Costa Carvalgo pede que "deixem o Benfica em paz" e refere ainda que "já chega", numa alusão a essas buscas que estarão ainda em curso.

Segundo avança a TVI nesta segunda-feira, a Unidade de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária (PJ) está a realizar diligências no Estádio da Luz, procurando indícios de alegados crimes de corrupção desportiva.

Na sua edição online, aquele órgão de comunicação social dá conta de suspeitas de aliciamento a jogadores do Rio Ave, quando o Benfica disputava o título com Sporting, na temporada de 2015/16. Os leões eram, na altura, treinados por Jorge Jesus, com Bruno de Carvalho como presidente.

"O modus operandi, segundo foi denunciado e acredita a investigação tenha sido repetido noutros jogos, passava por promessas de contratos para os atletas na época seguinte, com colocação noutros clubes e melhorias salariais. Era nesta intermediação que entravam os empresários", escreve a TVI.

As buscas estarão a decorrer nas instalações da SAD, numa operação liderada pelo juiz Carlos Alexandre. As autoridades passam pelo gabinete de Luís Filipe Vieira, um dos suspeitos, sendo que Paulo Gonçalves, antigo líder do departamento jurídico da SAD encarnada, também estará entre os suspeitos.

A TVI revela ainda que as buscas estarão também a incidir sobre empresários e intermediários que se relacionaram com a SAD encarnada nos últimos anos e é salientado pelo canal de Queluz de Baixo que em causa podem estar alegados crimes corrupção desportiva.

Refira-se que o crime de corrupção desportiva, a ser provado, prevê a descida de divisão do clube prevaricador.