Rita Garcia Pereira, que integrou a comissão de fiscalização no Sporting, afirmou que a pré-temporada dos leões tem sido marcada por problemas desportivos e disciplinares.
Num artigo de opinião para o blogue Leonino, a ex-dirigente lembrou os resultados alcançados nos quatro jogos de preparação já realizados pela formação orientada por Rúben Amorim.
"Uma derrota insólita" com a equipa B, "outra muito pouco aceitável" frente ao Farense e duas vitórias "pouco expressivas contra equipas mais fracas", Portimonense e Belenenses SAD.
"A conclusão que se tem de tirar é que a equipa principal parece pior do que os miúdos que Amorim resolveu lançar, fora os 15 que foram enviados para a Academia", sustentou.
Ao nível disciplinar, a ex-dirigente apontou uma falha à política seguida pela direção de Frederico Varandas.
"Não sou grande admiradora desta estranha estratégia negocial de se dizer aos próprios e ao mercado que não contamos com determinados jogadores", escreveu.
"Problemas de disciplina resolvem-se entre paredes e não nas páginas dos jornais", reforçou Rita Garcia Pereira.
O tratamento do Sporting a Acuña, "independentemente do que possa ter feito", apenas desvaloriza o jogador.
"Não é a promover ostensiva e publicamente o afastamento de profissionais que se conseguem melhores negócios. Mesmo com Jorge Mendes. Sobretudo, diria eu, com Jorge Mendes", explicou.
"Lembrando a patente militar de Frederico Varandas, a ex-dirigente declarou que o presidente do Sporting é "um capitão no seu próprio labirinto".
"Gerir um clube como o Sporting não é estar na cadeia de comandos do exército em que se castiga a falta de disciplina, ainda que a ordem seja absurda", considerou.
"Que Varandas se coloque a si mesmo num labirinto é um problema dele. Que nos coloque a todos passa a ser um assunto nosso", finalizou Rita Garcia Pereira.