“Quem tiver algo a criticar sobre este negócio não vive neste mundo e não tem noção”, diz ex-candidato ao Benfica
Enzo Fernández deixou o Benfica para rumar ao Chelsea, com os blues a pagarem uma verba histórica por um médio da Liga portuguesa. Depois de João Félix, que também está nos londrinos, é agora a vez de também Enzo Fernández deixar a Luz com os cofres recheados de dinheiro, sendo que no caso do internacional argentino o negócio aconteceu poucos meses após ter aterrado na capital portuguesa, ao contrário de João Félix, também vendido por uma cifra de três digitos, que se formou localmente.
O negócio da saída de Enzo Fernández tem dado ‘pano para mangas’ nos últimos meses, sobretudo nas últimas semanas, e há quem entenda que Rui Costa não tinha como esticar mais a corda e teve mesmo de deixar sair o centrocampista pelos 120 milhões de euros inscritos na cláusula de rescisão do atleta.
Bruno Costa Carvalho, antigo candidato à presidência benfiquista, fala num negócio de muitos milhões que não pode ser criticado e só o é por quem “não vive neste mundo”.
“Enzo chegou por 10 milhões e foi vendido por 121 milhões. Um aumento de valor de 111 milhões em seis meses. Não deve haver nenhuma valorização assim na história do futebol”, salientou Costa Carvalho, prosseguindo.
“Quem tiver algo a criticar sobre este negócio não vive neste mundo e não tem noção da quantidade de dinheiro de que se está a falar”, observou o antigo candidato à presidência do Benfica, em comunicado partilhado nas redes sociais, onde deu conta de que Enzo Fernández não é jogador para valer aquilo que o Chelsea pagou ao Benfica.
“Já agora, e numa opinião pessoal, Enzo é um excelente jogador, mas não vale o que o Chelsea pagou”, destacou Bruno Costa Carvalho sobre um negócio que é visto como algo bom financeiramente por José Manuel Capristano, antigo vice-presidente encarnado.
“Devem agradecer ao Rui Costa e ao staff uma transferência desta envergadura”
“Não interessam notas, interessam são golos e vitórias, mas 120 milhões é uma coisa que é muito dinheiro”, disse o antigo dirigente do Benfica.
“Além de se reconhecer que têm de se respeitar as cláusulas”, referiu Capristano, sublinhando que não há nada a apontar a Rui Costa por permitir a saída do jogador, a menos que o Benfica o “tivesse vendido por 90 ou 100 milhões”.
“O presidente fez tudo para não vender, sacrificando até a parte financeira. Foi ao limite, até ao último dia. Acho que os sócios devem agradecer ao Rui Costa e ao seu staff esta transferência desta envergadura”, comentou José Manuel Capristano.
Em declarações na emissão do canal A Bola TV, o antigo dirigente encarnado diz que acredita que Rui Costa “fez tudo” para segurar Enzo Fernández.
“Tenho a certeza absoluta de que o Rui Costa fez tudo para o atleta ficar”, salientou José Manuel Capristano, confiando nas peças que as águias têm para enfrentar o que falta nesta temporada.
“O Gonçalo Guedes foi a melhor contratação de inverno”
“Vê-se que o Benfica mesmo sem Enzo Fernández ganhou e ganhou bem. Tem alternativas”, disse Capristano, apontando para Gonçalo Guedes.
“O Gonçalo Guedes foi a melhor contratação de inverno que o Benfica poderia ter tido. Acho que o Gonçalo Guedes foi uma aquisição excelente. É neste momento imprescindível no plantel”, observou Capristano, elogiando ainda João Mário que se tem apresentado em grande plano.
“O João Mário é um jogador fundamental e indispensável. Todos os jogadores têm quebras. O João Mário não foge à regra mas tem estado em bom plano”, concluiu o antigo dirigente do clube da Luz.